Materiais:
Enviada em: 08/06/2018

As manifestações populares são um processo histórico-democrático do exercício da cidadania. A luta pelo reconhecimento do cidadão não é apenas uma forma de protesto contra governos, mas uma necessidade de pertencimento à sociedade, assim como, o direito a construção do hoje e do porvir, independente de cor, sotaque, origem, condição social e opção sexual ou religiosa. Nesse sentido, as manifestações, principalmente, no século XXI refletem o descontentamento de uma população que procura exigir seus direitos.   Em primeiro lugar, é necessário entender os motivos dos crescentes números de protestos no Brasil e no mundo. Destaca-se a insatisfação populacional com a política vigente, visto que o país apresenta uma deficiência no que diz questão aos direitos básicos do cidadão. De acordo com um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, dentre 30 países pesquisados, o Brasil é o que oferece o pior retorno em benefícios à população por meio da arrecadação dos impostos, deixando evidente a carência de qualidade nas áreas da saúde, educação e moradia. Por conta disso, o "poder das ruas",  configura o real desejo da população de terem suas vozes ouvidas por órgãos responsáveis pela administração do país.   Além disso, as manifestações ganharam novas proporções no meio midiático,  ao se transformarem em mecanismos essenciais na organização e visibilidade desse processo. Um exemplo disso, foi o ocorrido no Brasil, em junho 2013,  contra o aumento do preço da passagem do transporte público, grande parte das reivindicações - tarifa justa e qualidade no transporte - foram organizadas por pessoas em eventos públicos da rede social "facebook". Além disso, essa aproximação da população tanto por programas televisivos como no meio virtual, possibilita trazer pautas de grande importância para minorias, que sofrem com a marginalização  e consequente invisibilidade social.   Portanto, existe a necessidade de continuar alterando os cenários injustos no mundo por meio de manifestações populares. A partir disso, o Governo Federal crie canais de ouvidoria em reuniões ministradas nos núcleos educacionais, para que o diálogo entre governantes e governados sejam atendidos na medida que se possa sanar todos os direitos básicos. Ademais, os canais de televisão aberta devem ceder espaço para que os movimentos,como os feminista,negro e LGBT tenham um maior alcance e possam não só conquistar um maior apoio social, mas também as suas reivindicações.  Por fim, parafraseando O filósofo Mário Sérgio Cortella, em seu livro "Não Nascemos Prontos", ensina que o homem insatisfeito é o que tem o poder de provocar mudanças ao seu redor.