Materiais:
Enviada em: 17/06/2018

Segundo Oscar Wilde, escritor britânico do século XIX, " O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação". Dessarte, é preciso, pois, sair da inércia e engendrar - de forma consciente - medidas cuja asserção seja compreender as causas e os desdobramentos das manifestações populares no século XXI. Dessa forma, é de suma importância uma análise mais abrangente das circunstâncias, tendo em vista, mormente, assimilar seus impactos na sociedade.   Em primeiro lugar, é precípuo considerar que muitas manifestações populares têm como intuito modificar estruturas desiguais. Diante disso, mesmo longe da Idade Média, ainda é notável uma certa estratificação social em algumas sociedades. Isso porque existe um grande contraste entre as pessoas ricas, que usufruem de todas as benesses existentes na contemporaneidade, e as mais pobres que, muitas vezes, não tem nem mesmo o que comer. Dessa maneira, as protestações surgem como uma forma de aspiração de mudança dessa situação perversa de exclusão e abandono e, também, para mostrar a força da população. Prova disso está na Primavera Árabe, no qual as manifestações sociais, em busca de melhores condições de vida, derrubaram ditadores que já estavam a décadas no poder.   Outrossim, é imperioso ressaltar que muitas convulsões populares sofrem, veementemente, com as constantes repressões. Nesse sentido, a história nos proporciona diversos casos de repressão por parte do Estado a todos os que buscassem modificar a estrutura até então vigente. A evidência disso está na própria ditadura militar no Brasil, no qual mortes, violências e torturas eram instituídas no combate à "subversão comunista". Por outro lado, essa situação ainda está presente em muitas sociedades atuais, haja vista o caso emblemático da Síria, que após as agitações populares reivindicando melhores condições de vida para a população, acabou em uma guerra civil, extremamente, sangrenta. Portanto, atualmente, as manifestações ainda são associadas ao terrorismo ou a reacionários que pretendem tomar o poder, contribuindo, assim, para as repressões violentas.   Urge, nessa perspectiva, a proeminência de medidas concretas para esse revés. Para tanto, cabe à mídia cumprir com a sua função social e, mediante jornais e propagandas publicitárias, demonstrar o desrespeito aos diretos humanos em países que instituem a violência para conter as manifestações sociais, a fim de que a Organização das Nações Unidade( ONU), fique ciente do que está ocorrendo nesses lugares e busque um intervenção diplomática. Além disso, cabe aos chefes de Estado respeitar o direito de livre manifestação de ideias e, através da percepção das reivindicações sociais, instaurar medidas que visem atender aos anseios de toda a sociedade. Quem sabe assim, adaptando pontos e debatendo ideais, possamos criar mecanismos que sejam eficazes para uma vivência mais harmoniosa.