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Enviada em: 20/06/2018

A questão das manifestações populares nunca foi dada a devida importância. Desde a criação do modelo democrático de política na maioria dos Estados, a partir do século XVII, nota-se um aumento constante dos movimentos sociais e de crises políticas. Esses fatos caracterizam a necessidade de constantes atitudes que possuem o objetivo de garantir a inclusão e contornar a crise democrática contemporânea.       Primordialmente, os primeiros conflitos relacionados a democracia, se deram dentro da Grécia Antiga, onde somente ricos que possuíam terras tinham direito ao voto, enquanto a maioria da população era composta por analfabetos, cidadãos comuns e escravos. Posteriormente,no século XVII,  os filósofos contratualistas, Thommas Hobbes e John Locke, propuseram as primeiras teorias da democracia representativa e Rousseau apesar de concordar com ambos, defendia a soberania popular e a não alienação do indivíduo na sociedade.       Contudo, Jacques Ranciére, em seu livro "ódio a democracia" define  a mesma como algo semelhante a oligarquia e, com isso constata o receio dos governantes em dar atenção a constante e longa luta dos inferiores. Bem como esses momentos de instabilidade política e social causaram reações adversas. O maior medo do governo pode ser representado nas palavras de Sartre, quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar que deixa bem claro que os homens tem capacidade de se rebelarem e revindicarem seus direitos, entretanto todas as tentativas politicas serão voltadas para conter os prejuízos aos governantes, sendo todo e qualquer movimento popular tratado pelas redes televisivas como impróprio.       Dado o exposto, nota-se que enquanto o governo eleito tenta repreender os movimentos sociais, a população se torna cada vez mais descontente. Para contornar tais impasses, é de extrema necessidade que o Ministério de Justiça Eleitoral (MTE) amplie suas campanhas de consciência no voto para além da mídia televisiva, ou seja, junto ao Ministério da Educação (MEC) acrescente a grade curricular do Ensino Médio (EM) a matéria de ética e cidadania. ministradas por professores de filosofia e sociologia, com o objetivo de despertar a consciência política desde jovem. Ademais, o MTE deve manter o foco na luta contra os candidatos com a ficha suja, sendo mais rigorosos na pré candidatura, além de colocar como lema importante para a mesma o repúdio a misoginia e ao preconceito em qualquer instância.