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Enviada em: 04/08/2018

A Revolução Francesa foi um marco na história ocidental, e demonstrou que o poder do povo é capaz de promover mudanças sociais efetivas por meio das manifestações populares. Nesse viés, o século XXI é marcado por inúmeros movimentos de cunho popular, deflagrando as desigualdades sociais, os desgovernos dos agentes públicos, o autoritarismo e tantas outras mazelas que acometem a sociedade moderna. De ante disso, fica clara a existência de uma estreita relação entre as ações do Estado e a consciência cidadã, que provocam essa questão.         Em primeiro lugar, é necessário ressaltar a inexistência de medidas públicas efetivas, o que tende a desestabilizar a relação entre os agentes citados a cima. O filosofo contratualista Jean-Jacques Rousseau, afirma que no contrato social, firmado entre Estado e indivíduos, cabe ao estado atender as demandas sociais assim gerando o bem comum, e os indivíduos devem interagir com o mesmo, afim de requerer suas necessidades e cobrar seus direitos. Nesse viés as manifestações populares surgem como um mecanismo de reivindicação, onde os anseios populares são expostos, cobrando aos agentes públicos medidas corretivas.      Outrossim, é necessário analisar as influências que os aspectos sociais e econômicos exercem sobre esses casos. O movimento “não é por R$0,20 centavos”, ocorrido no Brasil em junho de 2013, é um exemplo, pois milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital de São Paulo em reivindicação por melhorias e abaixamento de preço no transporte público, deixando claro o cunho socioeconômico do movimento.        Torna-se evidente, portanto, que a falta de ações governamentais e o contexto econômico, social e político, a qual a sociedade está inserida, são fatores que levam à participação social. Em virtude disso, o governo deve dialogar com a população, afim de entender suas reais necessidades e desenvolver mecanismo que sejam capazes de supri-las. Nesse cenário, os líderes governamentais, devem desenvolver um órgão especifico para analisar o grau de desigualdade socioeconômica dentro de uma determinada sociedade, assim criando a possibilidade de antever embates sociais, podendo assim criar medidas mitigadoras para sanar essa problemática.