Enviada em: 28/08/2018

Durante o processo de formação do Estado brasileiro do século XVI ao XXI, as manifestações populares vem atingindo avanços significativos no que tange sua maior popularização e democratização. Seguindo a linha de pensamento aristotélica, o homem  é naturalmente um ser social e político, e dessa forma, deve usar a razão e o discurso para promover o bem-comum. Diante dessa perspectiva, observa-se que o ideário de "Igualdade, liberdade e fraternidade" ainda é fundamental para lutar pela cidadania.   Sobre essa ótica, ganha particular relevância o movimento "Diretas Já", que possibilitou a reinstauração da democracia em face do regime militar, e promoveu a criação da Constituição Federal de 1988, considerada uma grande conquista da nação brasileira. De acordo com cientista inglês Isaac Newton, um corpo em repouso tende em permanecer em seu estado natural, a não ser que uma força atue sobre ele. Sendo assim, percebe-se que quando há forças dotadas de engajamento e movidas pela necessidade de mudança, ocorre também, o progresso social.  É preciso reconhecer, contudo, a necessidade de segurança e autonomia para exercer o direito de liberdade de expressão nas manifestações. Dessa forma, é prioritário que a Polícia atue como instrumento de pacificação, afim de proteger os cidadãos, e não como uma forma de promover violência e caos. Além disso, sendo para Sartre o ser humano responsável e livre, o mesmo deve manifestar-se pautado no senso crítico e na justiça.  Entende-se, portanto, para que o cidadão exerça seu direito de força e autonomia, assim como afirmaram Newton e Sartre, impasses precisam ser combatidos. Por conseguinte, o Ministério de Educação em parceria com as redes de televisão abertas, devem promover debates e ficções engajadas, buscando atingir uma maior parcela da população brasileira, afim de propagar o senso crítico e a busca por envolvimento político, cívico e social. Além disso, cabe ao Governo oferecer treinamento aos policiais, de modo que esses ampliem seus conhecimentos e métodos, e saibam agir de forma ética de frente para uma manifestação popular.