Enviada em: 27/02/2018

A obra "Guernica" pintada por Pablo Picasso em 1937 como representação da guerra civil espanhola é símbolo das manifestações de sírios, atualmente, contra os conflitos de Aleppo. Nesse sentido, observa-se que, além do caráter ideológico e expressivo, os protestos são imprescindíveis para a reivindicação de direitos e a manutenção da ordem democrática. No entanto, na contemporaneidade, é cada vez mais comum o uso da força e de medidas opressivas nesses movimentos que comprometem sua identidade.              Mormente, é evidente que alguns grupos de manifestantes se associam à violência e à degradação. Isso porque pode haver associações distintas nas manifestações que se beneficiam em detrimento da estabilidade,de modo a degradar a propriedade privada e furtar objetos. Com isso, perde-se a noção de coletividade e perpetua-se a fragmentação da segurança pública, de forma a desmotivar a participação e a integração dos indivíduos a esses eventos. Por exemplo, com a eclosão de manifestações em 2013, analisou-se que a ação de grupos como os Black Blocs ameaçaram o patrimônio e a vida de policiais.              Ademais, nota-se ainda que algumas medidas do Estado corroboram a problemática. Isso se deve ao fato de que, com o intuito de garantir a integridade física da sociedade, esse órgão, conforme Marx Weber, detém o monopólio do poder e age coercitivamente. Entretanto, no Brasil, o aparato policial tem se mostrado ineficaz devido ao uso excessivo da força, inclusive contra manifestantes pacíficos. Por conseguinte, tornou-se comum a utilização de munições, que evitam a paz social, pelos policiais.              Urge, portanto, que as manifestações garantem a cidadania e a participação dos indivíduos na sociedade. Destarte, o MEC, em parceria com as instituições escolares, deve criar uma estrutura abrangente de integração, por meio da inserção,no cronograma escolar,de aulas de sociologia e cidadania no ensino fundamental e de palestras, ministradas por profissionais da educação, que conscientizem e motivem a coletividade, bem como a formação de grêmios estudantis; a fim de incentivar o senso crítico e a atuação dos jovens nas manifestações de maneira saudável. Outrossim, o Ministério da Justiça, com a ajuda da Polícia Militar, deve promover cursos e o devido treinamento dos policiais, de modo que se evite a intensa coibição. Dessa forma, poder-se-á atenuar os conflitos nas reivindicações.