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Enviada em: 08/04/2018

Revolta-se ou Cálice No fim do século XVIII, a Revolução Francesa mostrou, ao mundo, a substancialidade do engajamento coletivo em prol do desenvolvimento social. Dito isso, faz-se necessário aferir até que ponto tais ideais iluministas fazem parte do cenário contemporâneo mundial. Haja vista que fenômenos sociais, como manifestações, ainda, são recorrentes, seja pela busca de igualdade ou liberdade.       É indubitável que o Estado, principal garantidor dos direitos coletivos e individuais, tem o dever de propor, de maneira ostensiva, políticas igualitárias. Segundo Charles Montesquieu, filósofo iluminista, o Governo deve, por intermédio da justiça, garantir o constante equilíbrio em uma sociedade. Contudo, é possível perceber que, em boa parte do globo, a inaptidão estatal em garantir a igualdade entre raças fragmentam essa ideologia, tendo em vista que protestos contra o racismo, como "Black Lives Matter", ganham força ao redor do globo.      Outrossim, importa destacar que a manutenção de regimes ditatoriais, em pleno século XXI,  também, comporta-se como causador desse fato social. Para Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de pensar e agir, dotada de exterioridade, generalidade e muitas vezes coercitividade. Nesse sentido, movimentos revolucionários, como a Primavera Árabe, são de suma importância para o rompimento de governos totalitários e garantia de uma possível democracia.        Fica evidente, portanto, que os ideais franceses, propostos há mais de dois séculos, em sua revolução, ainda, estão longe de serem alcançados. Destarte, cabe às instituições educacionais, como escolas e universidades, propagar a essencialidade das manifestações populares na construção de um mundo melhor. Essa expectativa, pode ser alcançada mediate promoção de palestras, em parceria com organizações não governamentais, a fim de informar sobre os desafios de um "cálice social", a exemplo do cantado por Chico Buarque.