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Enviada em: 12/04/2018

Desde o Iluminismo e, posteriormente, a Revolução Francesa, o caráter participativo acentuou-se expressivamente nas sociedades atuais. Situações de crise política ou econômica, levaram milhões de cidadãos às ruas para expressarem publicamente suas reivindicações, opiniões e ideias  por todo o mundo. Tais manifestações populares, acarretam inúmeras consequências, obtendo-se não apenas respostas positivas, como também negativas.     De acordo com Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Dessa forma, as manifestações realizadas pela população são a união dessas partes que possuem um objetivo em comum. Durante o passar dos séculos, a humanidade uniu-se para protestar contra governos autoritaristas, regimes de segregação racial, crises econômicas decorridas de uma crise política, entre muitos outros motivos, obtendo resultados positivos.     No entanto, diversas vezes as manifestações populares são respondidas com represálias violentas pelo governo, como no caso ocorrido em Mianmar em 2007, no qual a repressão por parte da polícia causou cerca de 3.000 mortes durante o confronto. Contudo, o uso de represálias e repressão não é o suficiente para por fim a uma causa como, por exemplo, as manifestações realizadas na África do Sul contra o Apartheid, regime de segregação racial favorecendo a população branca, que conseguiram por no fim do regime.    As manifestações populares possuem, portanto, uma indubitável relevância. Para James Baldwin, o confronto nem sempre traz uma solução para o problema, mas, enquanto não se enfrenta o problema não há solução. Sendo assim, a união de cidadãos em prol de uma causa maior, na busca por melhorias em sua vivência é eficiente, se realizada de forma pacífica e ordenada, evitando-se transtornos e atos violentos que despertem a reação de uma resposta violenta e opressiva.