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Enviada em: 06/11/2018

De acordo com John Locke, filósofo iluminista, entende-se que os indivíduos possuem autonomia e liberdade escolha. No entanto, atualmente, no mundo globalizado, ao observar a manipulação que acontece em indivíduos ativos na rede, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse sentido, convém analisar os principais fatores que acarretam nessa questão.   Sob tal viés, é indubitável que o constante avanço tecnológico estejam entre as causas do problema. Tal fato reside na constatação de que a possibilidade do controle de dados de milhões de usuários só foi possível na última década, por causa do atual estágio da tecnologia. Segundo o filme ''A rede social'' que conta a história do Facebook, uma empresa que vende espaço publicitário direcionado por dados dos acessantes, o investimento em capturas e decifrações das informações dos usuários foi feito em menos de dez anos. Dessa maneira, torna-se nítida a correlação entre o avanço dos sistemas de propaganda direcionada com a manipulação sofrida pelos donos dos dados.   Outrossim, destaca-se a questão constitucional e a sua aplicação como impulsionador do problema. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio na sociedade seja alcançado. De maneira análoga, no Brasil, a falta de regulamentação da internet rompe com essa harmonia, haja vista que a desregulamentação das redes impossibilita ações governamentais contra o controle desses dados, como o processo que o Facebook sofreu por vender dados e manipulá-los.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a segurança dos dados e coibir a manipulação. Destarte, como é impossível controlar o avanço tecnológico, é necessário que o Poder Legislativo, responsável por criar leis e melhora a conduta ética da sociedade, regulamente a internet, por meio da criação de um órgão regulatório, como a ANATEL, a fim de que seja possível diminuir o controle de dados, por conseguinte, o comportamento humano. Sendo assim, a política idealizada por Aristóteles possa se tornar uma realidade.