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Enviada em: 05/11/2018

A era informacional proporcionou diversos benefícios, como acesso rápido às informações e às interações intercontinentais. Entretanto, a internet pode ser usada por grandes empresas para influenciar os consumidores. Essa ação só ocorre devido ao monitoramento do comportamento digital dos usuários, por meio de dados pessoais, e à fácil manipulação dos conteúdos acessados, utilizando-se de algoritmos. Logo, máquinas e companhias não podem decidir e influenciar o comportamento de pessoas na internet e isso ínsita a atenção e combate à essa prática do ministério das Telecomunicações e da população.             Em primeiro lugar, a análise de dados pessoas para vender mais e satisfazer o consumidor é uma invasão de privacidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quase 70% da população utiliza a internet. Essa alta adesão ao meio digital é explorada por diversos setores comerciais, que usam algoritmos para saber as preferências e oferecer determinado produto. Por isso, essa prática manipula e dá ao internauta uma falsa sensação de liberdade e escolha, por meio de um retrato eletrônico de cada indivíduo.               Além disso, manipular o conteúdo acessado pelos internautas é uma ação de má fé e influencia diretamente na vida social do indivíduo. Embora Thomas Hobbes acreditasse que o homem é naturalmente mau por não ter nenhuma ideia de bondade e conhecimento, é notório o uso de conhecimento técnico cientifico de forma egoísta e que visa apenas o bem próprio e não coletivo. Sendo assim, a escolha por ser mau não é inerente ao homem, mas sim consequência de seus atos.             Portanto, o controle de dados na internet não pode controlar os gostos e decisões de cada um, visto que a decisão de escolha deve partir do indivíduo e não de uma “máquina”. Por consequência, cabe ao Ministério das Telecomunicações propor, por meio de emendas constitucionais, a criação de órgãos que fiscalizem e punam essas práticas, a fim de combater essa manipulação eletrônica. Ademais, a população deve ser informada, por meio de propagandas, projetos e iniciativas pedagógicas, que instrua a ser mais crítica no uso e compartilhamento digital, para que não seja enganada e dominada. Só com medidas efetivas, como essas, essa problemática poderá ser combatida.