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Enviada em: 04/11/2018

Desde a 3° revolução industrial, o processo de globalização é protagonista e tem aprimorado a tecnologia com o objetivo de encurtar as distâncias reais e acelerar a circulação de informações. Entretanto, nesse processo existem consequências negativas, pois com tanta informação e jornadas de trabalho e vida exaustivas, as pessoas se acomodam a não pesquisar sobre a notícia lida, se tornando vulnerável à manipulação.     Na atual conjuntura, é questionável a liberdade oferecida pela internet, ao considerar que o usuário está sendo controlado por um programa para garantir em suas redes sociais, propagandas e notícias, um perfil semelhante às suas pesquisas anteriores. Esse fator foge ao ideal da globalização, de aproximar diferentes culturas, deixando o cidadão preso em uma bolha social. Ademais, essa realidade fere a privacidade e a liberdade de escolha do cidadão, fatores que só se mantêm presentes pela precária fiscalização da internet, que deveria garantir o fim dessa tecnologia de manipulação, como acontece, por exemplo, no site chamado BuzzFeed oferecendo testes no Facebook, dos quais os jogadores respondem perguntas sobre si mesmos para o site dizer algo sobre ele, mas na verdade as informações passadas são utilizadas para manipular a rede social dele.     Outro fator importante, é a crescente circulação das Fake News, que são notícias falsas para uma manipulação intencional. As características delas já eram presentes no desde o governo de João Goulart, quando o IPES passou a divulgar em cinemas e teatros notícias denegrindo a imagem do presidente, entretanto, com a tecnologia essa ação se tornou mais forte e presente. Na obra "modernidade líquida", de Bauman, é possível encontrar uma resposta para tal crescimento quando ele afirma que, hoje, para as pessoas "quanto mais rápido melhor", logo, as pessoas preferem notícias rápidas, e quando conivente, as divulgam apenas lendo o título, sem procurar a veracidade do texto.    Destarte, tanto a própria tecnologia, quanto a negligência dos próprios cidadãos influenciam para a grande manipulação do século XXI. Portanto, é necessário que o Govetno Federal direcione verbas para que a Polícia Federal em parceria público-privada com empresas de informática criem delegacias, em todos os Estados, de combate às falsas notícias e ao ferimento do direito do cidadão na internet. Se vê necessário também, a inclusão, pelo MEC, de matérias de Política brasileira e o bom uso da tecnologia na BNCC, com o objetivo de preparar o cidadão para discernir notícias falsas e verdadeiras. Tais medidas são indispensáveis para minimizar os casos de enganos por viéis da internet.