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Enviada em: 07/11/2018

Sobre Ética, Poder e Manipulação  De acordo com a interpretação da obra ''Crisis X'', de Jean Michel Basquiat, em exposição no Centro Cultural Banco do Brasil, é notável a metaforização da crise humana na sociedade brasileira contemporânea. Sob tal ótica, é inegável a relação entre a pintura do artista americano e a manipulação das condutas individuais pela divulgação de dados pessoais, compondo, assim, uma das maiores crises éticas da atualidade. Nesse sentido, hodiernamente, ao se analisar a subversão do comportamento dos usuários da internet é fundamental perceber que as relações de poder virtuais e a produção de uma ideologia de consumo são ainda obstáculos para uma sociedade mais livre e justa.  Mormente, de acordo com o filósofo Michel Foucault, em seu notório ensaio, ''Microfísica do Poder'', todas as relações sociais são relações de poder. Entretanto, nos dias de hoje, com os avanços tecnológicos esse controle foi instaurado voluntariamente pelos internautas, os quais acabam divulgando suas informações nas redes sociais. Dessa forma, parcela da população torna-se cada vez mais vulnerável ao engano e à manipulação de suas ações, tendo a execrável ilusão de livre arbítrio.  Outrossim, com base no conceito de ''Indústria Cultural'', proposto por Adorno e Horkheimer, observa-se a produção de um padrão de consumo orquestrada pelos grandes conglomerados midiático, que,  consequentemente, buscam submeter a população a sua vontade. Isso se comprova, visto à vasta diversidade de tendências mundias, como a compra de Iphones, tablets e smartphones. Com isso, ocorre a produção de uma ideologia de consumo em detrimento da valorização humana, que, infelizmente, molda os comportamentos de uma sociedade e perpetua a existência de um sistema excludente, elitista e acumulador, o capitalismo.   Portanto, como preconiza o físico teórico, Albert Einstein: ''um homem inteligente resolve o problema, um sábio o previne''. É imperioso, nesse sentido, que o governo federal, na figura do poder Executivo, pluralize os meios de comunicação, por meio da criação de duras leis, as quais impeçam a formação de monopólios ou oligopólios midiáticos, com o fito de evitar o controle das ações dos usuários que acabam não percebendo sua inércia e manipulação. Com tais medidas, será possível acabar com esta crise ética de controle que permeia a contemporaneidade.