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Enviada em: 05/11/2018

De acordo com o filósofo Aristóteles, o ser humano é um ser social que precisa estar em constante comunicação com os seus semelhantes. Com isso, considerando o avanço tecnológico, ocorreu a inserção das mídias sociais, como Twitter e Facebook, as quais passaram a monitorar todos os movimentos e dados de seus usuários, com a finalidade de disponibilizar um conteúdo personalizado de interesse individual. No entanto, o que parecia ser benéfico, na verdade, era uma ferramenta de indução de comportamento. Sendo assim, é necessário que haja medidas para mitigar esse impasse.       Primeiramente, cabe mencionar que mais da metade das pessoas com 10 anos de idade ou mais utilizaram a internet no Brasil em 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que mostra a dimensão de pessoas sucestíveis ao controle de dados. Exemplo disso é a recente polêmica envolvendo o vazamento de dados coletados em testes de personalidades de empresas britânicas por meio do Facebook, o que ocasionou em processos contra Mark Zuckerberg e evidenciou a problemática acerca desse controle. Destarte, é importante que os usuários tenham mais prudência com o que acessam e compartilham.       Além disso, a modernidade líquida pregada por Zygmunt Bauman acentua esse problema devido ao imediatismo das relações humanas e suas ações. Por isso, é evidente que os usuários das redes são vítimas dos conteúdos personalizados, pois estão presos em suas bolhas sociais e dão valor somente àquilo que convém, independente de sua veracidade, resultando na manipulação do comportamento dos indivíduos.       Torna-se claro, portanto, que o problema em questão necessita de atenção e solução. Diante disso, é imprescindível que o Poder Legislativo, em conjunto com o Poder Executivo, promovam medidas de informação e sensibilização aos internautas, por meio do reforço das leis que impeçam o mau uso dos algoritmos das mídias sociais e da criação de páginas com checagem de textos e notícias propagados, a fim de contribuir para a redução da manipulação dos comportamentos individuais pelo controle de dados. Assim, será dado o primeiro passo para uma utilização respeitável da internet.