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Enviada em: 05/11/2018

O surgimento da internet foi importante não só social como culturalmente. Esse evento histórico expandiu gostos, costumes e sensos; além de, proporcionar uma diversidade de informações. Hoje, as premissas se modificam em meio aos jogos de interesses, caracterizados pelo uso de algorítimos e pela mídia lucrativa; ferindo, assim, o direito à informação e escolha individual.        Após quase 5 décadas de sua expansão, a internet totaliza um campo de informações que tem sido somado aos algoritimos vinculados às redes sociais e à manipulação midiática. Os algorítimos são ferramentas precisas que facilitam a navegação do indivíduo, uma vez que excluem o processo de seleção de conteúdos e sites de interesse parcialmente. Ainda que poupem tempo, transformam a modernidade líquida em uma caixa específica de informações; o que fere o direito à informação, bem como a imparcialidade que é de extrema importância para formação de opinião.       A mídia, por sua vez, corrobora de forma negativa no mesmo âmbito; prioriza informações que geram lucro. Essa, relaciona-se excessivamente aos patrocinadores e às notícias de maior engajamento. Opera, também, de forma geral e aberta, devido às possibilidades de expressão leigas, aumentando os riscos de Fake News. A imparcialidade e a divulgação de notícias de teor verdadeiro se perdem em meio ao desrespeito dos direitos individuais. Com auxílio dos algorítimos, essas publicações se espalham aos navegadores que convêm e podem reestruturar os meios democráticos; como na eleição de 2016 nos Estados Unidos e o comprovado engajamento político na manipulação de notícias.        É possível, portanto, observar que os algorítimos viabilizam os interesses pessoais, porém determinam o viés, escolha que deve ser do próprio cidadão. Consoante ao erro, os órgãos midiáticos, comissões nacionais de imprensa e órgãos vinculados à internet devem condecorar a escolha pessoal, possibilitando o manejamento individual dos algorítimos por meio de questionários, para que o indivíduo se mantenha formador de opinião.