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Enviada em: 05/11/2018

Na obra "Mãe virei um robô", Edward Stuart relata o cotidiano de um garoto que tem o comportamento manuseado conforme os interesses das mídias virtuais. De modo análogo, a sociedade atual é constantemente manipulada pela internet que dispõe do controle de dados para usá-lo de acordo com seus desejos mercantis. Logo, convém analisar as principais causas, consequências e possível solução desse impasse.          Deve-se pontuar, de início, que a Revolução Informacional possibilitou maior acesso às ferramentas digitais. Entretanto, esse avanço não foi acompanhado por uma educação virtual. Essa situação pode ser evidenciada por uma pesquisa realizada pela USP que aponta que grande parte do consumo, sobretudo dos jovens, é motivado por sugestões que recebem "on-line". Assim, nota-se um cenário pertubador, caracterizado por Harberman como consequência da " Indústria Cultural ", em que o indivíduo é facilmente manipulado, de modo a consumir produtos e repetir ideologias sem questioná-las.                Outrossim, conforme Karl Marx, no mundo capitalista a busca pelo lucro supera valores éticos e morais. Nesse viés, muitos usuários da rede podem sentir-se atraídos por promessas milagrosas feitas pelas empresas por intermédio da internet. Isso porque, conforme o Procon, as principais reclamações das compras virtuais estão relacionadas aos medicamentos que garantem a perda irreal de peso, insistentemente veiculados nos sítios. Dessa forma, o indivíduo pode ser lubridiado e ter sua saúde prejudicada devido às informações tendenciosas.            Portanto, para que os usuários utilizem as ferramentas tecnológicas com maior liberdade de escolha, é preciso que o Governo invista em campanhas instrutivas. Para tanto, haverá a criação de vídeos, imagens e conferências, veiculadas por meio das redes sociais, com a participação de psicólogos, publicitários e sociólogos. Essas medidas têm a intenção de esclarecer para toda a sociedade sobre os mecanismos persuasivos empregados pelos setores mercantis, a fim de que tenham autonomia nas suas decisões. Logo, espera-se que a população seja mais coerente e harmoniosa, de modo a contribuir para um contexto baseado no senso crítico.