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Enviada em: 05/11/2018

Fantoches       Com os adventos da terceira Revolução Industrial o mundo se tornou globalizado e houve uma grande ampliação na utilização da internet como meio de informação. Entretanto, ao invés do internauta ter acesso livre de influências ele é completamente manipulado quanto à relevância de conteúdos. O controle de dados na internet prejudica a formação do pensamento crítico dos usuários e fere a sua liberdade de escolha quanto à exposição de informações.       Segundo a teoria da Banalidade do Mal, de Hannah Arendt, o mal é superficial porque ele possui uma rápida velocidade de difusão. Quando os indivíduos não praticam o pensamento crítico, eles possuem grandes chances de fazerem parte dessa corrente. O controle de dados na internet manipula a exposição de notícias ao qual o usuário tem acesso, criando bolhas sociais nas quais são mostradas apenas informações que estão em concordância com o histórico do internauta. Desse modo, essa pessoa não tem contato com pensamentos contrários ao seu, prejudicando a sua formação crítica e a sua capacidade de contrapor certos posicionamentos.        Além disso, um dos ideais da Revolução Francesa, de 1789, era a liberdade, colocando o indivíduo como centro de suas escolhas, podendo discernir o que acha melhor para si. Esse ideal está cada vez mais longe dos usuários da internet no mundo contemporâneo. Ao clicar em uma notícias ou em um site na rede, os dados ficam gravados e servem para influenciar a futura escolha de conteúdo. Essa manipulação restringe o usuário quanto as suas escolhas e o que antes era um universo ilimitado de informações, torna-se cada vez menor e influenciável.        Desse forma, fica evidente a manipulação dos internautas por terceiros, sendo necessário medidas para que essa situação mude. É preciso que as escolas promovam palestras, com enfoque nos jovens, sobre a importância de se ter um pensamento dialético e crítico, sempre contrapondo informações, a fim de se formar cidadãos pensantes. Ademais, se faz necessário que os órgãos legislativos dos país criem leis que protejam o usuário e garantam a privacidade de seus dados nas redes, com a finalidade de garantir a liberdade de escolha dos usuários e impedir que eles sejam guiados por mãos invisíveis.