Materiais:
Enviada em: 05/11/2018

No século XXI surgiu uma nova profissão relacionada à internet, essa qual é chamada de influência digital. Nesse contexto, da mesma forma que muitas blogueiras e pessoas públicas influenciam seus seguidores, os algoritmos e dados programados da internet também são capazes de manipular as decisões do cidadão. Dessa forma, a tendenciosidade causada pela utilização das redes é um empecilho para o comportamento da população hodierna e não pode ser negligenciada para que não ocorra o corrompimento da liberdade de expressão e de escolha do cidadão brasileiro.    Mormente, consoante ao pensamento de A. Schopenhauer de que os limites no campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, é indubitável que o tempo que o indivíduo utiliza as redes sociais é expresso em suas escolhas. Nesse ínterim, o IBGE divulgou dados que apontam que cerca de 85% dos jovens utilizam a internet, o que corrobora para a influência de tais meios no dia-a-dia desse grupo, logo, aumenta a manipulação comportamental dessas pessoas. Essa realidade é observada desde de as opções por determinadas roupas e marcas de celulares até a opinião disseminada por muitos adolescentes e adultos.     Ademais, convém frisar que, diante de um cenário de instabilidade política e econômica, a manipulação da opinião popular é tida com um meio lucrativo para muitos sites na internet. Isso porque, a lucratividade é conquistada quanto maior o número de cliques em determinada manchete, o que faz crescer a propagação de notícias falsas. Essa situação, além de contribuir para que haja mais algoritmos programados, equivocadamente, com os gostos daquela pessoa, também corrompe o comportamento desse indivíduo e o induz a fazer opções mediante tal boato. Nesse cenário, na França do século XVII, ocorria a divulgação de "canards", os quais eram folhetos que propagavam falsas verdades a respeito da política e manipulavam a população. Desse modo, demonstrando que o controle do comportamento não é atual.     Dessarte, é imprescindível, pois, que o Ministério da Educação invista, por meio da contratação de profissionais da informática, em aulas para os estudantes dentro da área. Dessa forma, auxiliando na educação desses alunos e encaminhando o tempo que eles passam na internet. Além disso, é cabível também, ao Ministério Público, a fiscalização dos sites que disseminam as falsas notícias, isso por intermédio de controle dos algoritmos programados para induzir a população, logo, contribuindo para que a influência digital não se torne a única forma de informar o cidadão.