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Enviada em: 05/11/2018

A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet é um assunto de grande relevância na sociedade brasileira. Isso deve ser reverberado, uma vez que é dever do Estado, de acordo com o artigo 6º, da Constituição Cidadã, garantir a segurança a todos os cidadãos. Nesse sentido, dois aspectos tornam-se relevantes: uma retrospectiva histórica do que nos é imposto e os embates na atualidade.        Durante o período de colonização, os portugueses trouxeram diversos aspectos desconhecidos aos índios, conduzindo-os a adquirirem características culturais europeias. O músico brasileiro Chico Buarque introduziu essa ideia na canção “Fado Tropical”: “todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo, além da sífilis, é claro”. Nesse ínterim, percebe-se a bagagem cultural que foi introduzida nos povos nativos, refletindo-se por séculos e, atualmente, mais acentuada na tecnologia de informação, uma vez que as redes sociais e de pesquisa utilizam dados globais sobre o comportamento de indivíduos na internet e de sugestões para direcioná-los ao objetivo comercial. Com isso, nossa segurança nos ambientes virtuais é afetada, visto que nossas atitudes podem ser manipuladas.       Outrossim, os dados armazenados sobre os usuários movimentam um mercado que os utilizam e vendem para empresas de propaganda. Como exemplo, recentemente, a rede social “Facebook” foi multada por divulgar informações de pessoas para obter rentabilidade. Tal atitude gerou insegurança por parte dos cidadãos sobre o que devemos ou não divulgar na internet. Essa falta de segurança corrobora com o pensamento de Freud, pois nos martirizamos com o sentimento de medo. Nesse sentido, o Estado peca no que compete aos informativos de segurança na internet e na fiscalização junto às empresas quanto ao uso dos dados do usuário, tornando necessárias medidas.        A partir do elencado, é necessário que os usuários tenham sua segurança garantida na internet. Portanto, cabe ao Estado, com o apoio do Ministério da Justiça, fiscalizar as empresas que coletam os dados das pessoas, a fim de evitar a manipulação e o comércio de dados. Some-se a isso, investimento do Ministério da Educação nas escolas públicas, capacitando e valorizando os professores, com o objetivo de promover uma educação de qualidade e voltada, inclusive, à manutenção da segurança virtual.