Enviada em: 05/11/2018

A Revolução Industrial, movimento revolucionário que teve início no século XVIII, reestruturou o modo de produção, passando este a ser realizado em grande parte por máquinas. Nos dias hodiernos, enxerga-se nitidamente o quanto esse processo contribuiu para o surgimento e fortalecimento da internet. Contudo, é notório que com essa democratização do acesso à internet, problemas como a manipulação de dados dos usuários tornaram-se evidentes e necessário o devido combate.      Em primeira análise, urge destacar que a manipulação através de dados na internet tem alimentado o grande mercado capitalista de empresários, que encontraram nos algoritmos a “formula mágica” de aumento do consumo e da lucratividade. Além disso, é válido salientar que não é somente este o problema, as mais diversas manipulações podem ser utilizadas através da internet, chegando até mesmo a influenciar disputas eleitorais, como foi o caso dos Estados Unidos ao eleger Donald Trump, como muitos jornais norte-americanos destacaram.        Em segunda análise, vale mencionar o fenômeno das “fake news”, que são notícias sem qualquer compromisso com a verdade, com a finalidade de manipulação. Destarte, hoje, conforme dados do IBGE, a maior parte dos usuários utilizam a internet para conversação e troca de informações, cujas fontes muitas vezes não são verificadas. É nesse sentido, pois, a frase do escritor Umberto Eco, “a internet deu vez a uma legião de imbecis”, clara alusão às diversas manipulações no espaço cibernético, que se apresenta como um real problema a ser combatido.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Estado investir no desenvolvimento de programas de combate as “fake news”, através do direcionamento de recursos financeiros em pesquisas com essa finalidade. Além disso, obedecendo o princípio constitucional do sigilo de informações, o Ministério da Educação juntamente com o Poder Público Federal deve criar mecanismos viáveis e eficientes de controle às práticas abusivas dos empresários.