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Enviada em: 05/11/2018

Com o início da Guerra Fria, ainda no século XX, a internet surgiu como forma de facilitar a comunicação entre laboratórios. Entretanto, na atualidade, tal advento se mostrou como uma ferramenta para manipular as decisões dos usuários de acordo com seus dados armazenados. Nesse aspecto, convém analisar como a falta de informação e a falha estatal influenciam a problemática.       Antes de tudo, é digna a menção de como uma sociedade sem conhecimento pode ser facilmente manipulada. Isso ocorre porque as pessoas não têm informações acerca da prática manipuladora dos algoritmos da internet e elas permanecem enganadas achando que estão acessando o que querem, quando na verdade estão sendo influenciadas pela própria internet a tomarem determinadas escolhas no ambiente virtual. Como consequência disso, os usuários não sabem ao certo se estão vendo o que realmente lhes interessa ou estão submetidos ao que as máquinas querem que eles vejam. Partindo dessa premissa, o cientista Albert Einstein estava certo quando afirmou que a humanidade se tornaria refém da tecnologia.       Somado a isso, a falta de um meio o qual oriente os usuários acerca do uso consciente da internet impede a resolução do problema. A esse respeito, o Estado falha por não promover políticas que ofertem o esclarecimento dos usuários sobre o perigo da manipulação de escolhas na internet e dessa forma contribuindo com a falsa liberdade de escolha. Destarte, é inaceitável que em um país oficialmente democrático, o Estado não ofereça acesso amplo e igual à informação.       Portanto, urge que o Congresso Nacional - mediante a uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias - aumente o capital voltado para o setor educacional que, por intermédio de uma parceria entre os Ministérios da Educação e Comunicação, será revertido na oferta de debates na mídia - televisiva e virtual - acerca dos algoritmos manipuladores para alertar a população sobre tais e orientá-los para usar a internet com mais cautela. Espera-se com isso, remodelar a sociedade por meio do saber e construir uma civilização menos refém do mundo tecnológico.