Materiais:
Enviada em: 05/11/2018

Após a Terceira Revolução Industrial, ocorrida no século XX, muitos estudiosos afirmam que no mundo hodierno, a Quarta Revolução Industrial já estaria acontecendo. Visando principalmente o lucro, este novo modelo de produção é pautado no uso de inteligências artificias que facilitam o acesso do consumidor à informação e os influenciam em todos os quesitos. No entanto, à luz do pensamento de Platão, filósofo grego, essa nova era surge como a “caverna” da modernidade, onde o homem estaria preso e alienado, longe do que seria de fato, o melhor lado.   Primeiramente, é importante destacar alguma causas que levam à manipulação. Em uma sociedade totalmente estagnada e marcada pelo comodismo, adentrar em seus pensamentos e decidir por ela torna-se fácil, pois é através da falta de questionamento que a globalização cresce. Além disso, há a pauta das indústrias, que almejando somente o lucro, se esquecem de pensar realmente em seus consumidores, entupindo-os de informações, propagandas e dados através de algoritmos que tiram seu papel de protagonista.    Como consequência desses fatores, há vários aspectos negativos. Com a massificação da população, ela é moldada em seus interesses; suas músicas, filmes e até mesmo notícias são indicadas de formas ditas “infalíveis, o que torna propensa a acomodação. Ademais, as ações de cada indivíduo, sua maneira de pensar e até mesmo de se manifestar estarão sendo manipuladas pelas tecnologias, o que representa um grande risco à uma série de fatores, como a falta de engajamentos sociais e políticos em prol de uma luta.    Torna-se evidente, portanto, a enorme necessidade de amenizar esse problema. Como afirmou o filósofo Descartes em sua teoria do Cogito, a dúvida é a única certeza que o ser humano pode ter; desse modo, deve-se estimular a população à arte do questionamento. A família, juntamente com a Escola, sendo os principais pilares da educação, devem realizar diálogos e palestras que mostrem a necessidade de duvidar se aquilo que é apresentando é realmente algo de necessidade, ou se é de pleno interesse industrial; além de sempre procurar novas fontes e sites. Ademais, a mídia pode retratar em ficções engajadas em novelas, as mazelas ocasionadas pelo comodismo social, alertando o público a se engajarem contra o que lhe é imposto. Somente assim, talvez, o homem sairia da caverna e conheceria seu melhor lado, sem aprisionamentos.