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Enviada em: 05/11/2018

Durante a ditadura militar de 1964, houve um intenso incentivo de propagandas que exaltavam o "milagre econômico" pelo qual o país estava passando. No entanto, o que não se mostrava era o crescimento cada vez maior da inflação, que mais tarde atingiu os brasileiros com seus efeitos. Atualmente, esta forma de manipulação se dá através de algoritmos que, ao analisarem o que se é pesquisado, mostram notícias a anúncios baseados em buscas, o que causa uma falsa sensação de liberdade e incentiva o consumismo.      Em primeiro lugar, é válido analisar a forma com que as notícias são mostradas nas plataformas digitais. Para isso, os algoritmos servem como uma espécie de escaneador das notícias clicadas, das quais a finalidade é mostrar apenas assuntos relacionados divididos em categorias como esporte, educação e política por exemplo. Esse mecanismo provoca satisfação ao indivíduo que lê apenas o que é de seu interesse e, no entanto, cria uma bolha de onde este não enxerga as opções excluídas.      Em segundo lugar, e sendo dentre os fatores o com maior influência entre os usuários da internet, as propagandas e anúncios de produtos consumíveis são notadamente comuns e são uma maneira fácil de manipulação do consumidor, que se espanta com uma propaganda de um produto que ele havia pesquisado em alguma plataforma e sente o impulso de comprá-lo. Esse mecanismo traz uma relação de obediência entre usuário e máquina.      É possível concluir, finalmente, que o efeito dos algoritmos nos usuários da internet causa um afunilamento no que é de seu interesse e consequentemente, uma forte influência em seu pensamento e em seus hábitos de consumo. Portanto, para que haja mais liberdade de escolha ao usuário e este não se sinta pressionado, cabe ao Governo Federal a abertura de diversas informações, através de um menor impacto dos algoritmos no cotidiano, para a livre escolha do cidadão e assim, este sentir-se-á um ser com autêntica autonomia.