Enviada em: 05/11/2018

Machado de Assis, autor realista, com a obra "Quincas Borba" expõe, através do personagem Rubião no qual oculta do médico a carta de demência enviada por Q. Borba, uma sociedade que altera os acontecimentos ao seu favor. Hodiernamente, no Brasil, isso retrata-se na manipulação que a internet exerce sobre os usuários, por exemplo, na divulgação de notícias falsas --as chamadas "fake news"--, na qual tornou-se uma alarmante problemática ao país. Essa situação preocupante, está relacionada à falta de iniciativa governamental e, por sua vez, a população permanece mal informada.    Sob esse viés, a princípio, nota-se que o descaso do Governo brasileiro é um fator determinante para postergação do combate contra a inapropriada influência dos canais de comunicação, uma vez que não fornece, em boa parcela, a averiguação do conteúdo exposto nas mídias sociais. Essa perspectiva, conforme os pensamentos do contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", porque o Estado não cumpre com o papel de assegurar que os internautas gozem de seus imprescindíveis direitos (como o direito à proliferação de notícias verídicas). Tal relato reflete-se na ínfima fiscalização, e na ausência de departamentos especializados, medida que, se tomada, atenuaria essa situação.    Em consequência disso, os usuários de veículos sociais encontram inúmeras dificuldades em variados âmbitos de suas vidas. Um exemplo comum é a construção de cidadãos desinformados dos principais acontecimentos no Brasil, devido à disseminação de notícias ausentes de embasamento, muitas vezes os responsáveis por esses atos agem com intuito de denegrir a imagem de algo ou alguém, pois havendo circunstâncias desse gênero a população, infelizmente, permanece sem um alicerce de opinião. Essa conjuntura, para os ideais de Peter Drucker, professor renomado, caracteriza-se como um atraso ao país, já que para Peter o acesso à informações de qualidade, não alteradas, é fundamental ao desenvolvimento de qualquer sociedade.    Diante do fatos supracitados, faz-se necessário que o Governo providencie uma melhora na fiscalização dos conteúdos nos quais possam haver irregularidades, por meio de averiguações precisas das mesmas, com requerimentos sendo enviados aos canais de comunicação, solicitando a liberação dos dados utilizados nas reportagens divulgadas, a fim de manter os brasileiros devidamente informados. Ademais, esse agente deve criar departamentos voltados à liberação do que pode ou não ser "fake news", por intermédio da edificação de postos onlines abertos ao público. Poder-se-á, assim, consolidar o povo brasileiro atento às manipulações da internet, e reverter o passado deturpado da sociedade, descrita por Machado de Assis.