Materiais:
Enviada em: 05/11/2018

Durante a Guerra Fria, no século XX, os Estados Unidos realizou grandes investimentos em tecnologia, a fim de decodificar as mensagens da União Soviética e ter acesso a informações privilegiadas. Dessa forma, os norte-americanos desenvolviam estratégias para ter vantagens em suas próximas ações. Hodiernamente, as ações realizadas pelo controle de dados na internet se assemelham as estratégias do Estados Unidos, visto que são capazes de influenciar o comportamento de seus usuários. Nessa conjuntura, torna-se passivo de discussão os fatores que corroboram para tal problemática.     A priori, em 2011, ocorreu no Oriente Médio diversas manifestações com a intenção de por fim aos governos ditatoriais. As manifestações foram organizadas por meio das redes sociais, que com suas múltiplas funções, permitem aos usuários identificar internautas com mesmos interesses. Outrossim, assim como o avanço da internet traz situações benéficas a seus usuários, esse avanço é capaz de manipulá-los, como é o caso das propagandas que aparecem persistentemente nas redes sociais logo após os indivíduos pesquisarem por produtos relacionados, o que ocasiona, geralmente, na compra do produto.     Nesse contexto, o psicólogo Vigotsky constitui que os indivíduos são influenciados pelas opiniões e pelas informações que lhes cercam e, na tentativa de se enquadrar, mudam o seu comportamento. Nesse ínterim, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 7 a cada 10 pessoas utilizam a internet, fato que atrai os investimentos em propagandas, com o intuito das empresas de aumentarem a divulgação de seus produtos e venderem mais.    Infere-se, portanto, medidas são necessárias para revertes esse nefasto cenário que confirma a ideia de Karl Marx, na qual o capitalismo prioriza o lucro em detrimento dos valores. Em primeiro lugar, cabe as redes sociais reformulares a sua política de adesão, dando oportunidades a seus usuários de escolherem entre ver anúncios padrões, destinados a todos os outros usuários ou permitir que tenham acesso a seu histórico de pesquisa e formularem anúncios específicos, assim, os internautas poderão separar os seus diferentes interesses na hora de navegar. Ademais, cabe à sociedade civil aprimorarem seu senso crítico, por meio da leitura e da reflexão, não sendo influenciada facilmente e sendo capaz de melhor determinar suas escolhas. Por fim, não há receitas prontas para atenuar esse problema, mas a direção é bastante clara: é preciso agir.