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Enviada em: 05/11/2018

A revolução Industrial trouxe, à época, inovações jamais imaginadas com a expectativa de que o homem dominaria as máquinas, entretanto, no século XXI, na era da informação, é inegável que a tecnologia vem superando a capacidade humana, sendo usada não só como avanço mundial em diversas áreas, mas também como meio de controle populacional, acompanhado de uma falsa sensação de autonomia, liberdade e praticidade ao usuário. Será que realmente todas as pessoas gostam das mesmas músicas? Dos mesmos restaurantes? Dos mesmos livros? Compartilham das mesmas opiniões políticas? Essa é a sensação que as redes sociais trazem. Indubitavelmente, sabe-se que o ser humano está sempre em busca da sensação de pertencimento e de um local em que senta-se acolhido fato posto em prática rapidamente pelos donos de aplicativos e redes sociais. Com esse poder, é relativamente fácil criar um aglomerado de pessoas que possuam os mesmos interesses, criando as chamadas bolhas sociais - agrupamento de pessoas que tem acesso à conteúdos restritos ao seu gosto - já iniciando, assim, um controle sobre todas as informações acessadas. Percebe-se assim que os "anos de chumbo" vividos durante a ditadura militar brasileira acabaram em 1988, mas deixaram os rastros de manipulação e censura, agora exercidos pelos grandes sistemas. A manipulação online é uma das principais influenciadoras, agindo, por exemplo em grandes eventos como eleições presidenciais como ocorreu nos EUA e no Brasil, responsáveis por decidir quem acessaria, ou não, certas notícias, decidindo, dessa maneira, qual seria o resultado.  É inegável que a internet trouxe ao mundo uma revolução no modo de se comunicar, educar, comprar e, principalmente, se informar. De acordo com o pensamento de Francis Bacon, filósofo inglês, o comportamento do homem é contagioso, ou seja, os atos realizados sofrem influência de terceiros e, somado ao poder e controle das redes sociais, pode-se afirmar que todas as ações praticadas online estão pré-determinadas. Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Se faz necessário que os Estados interfiram nos controles dos sistemas, através de acordos e leis criadas pelo Poder Legislativo que garantam a real liberdade de acesso da internet, sem qualquer intervenção externa. Ainda, é necessário a conscientização das populações através de campanhas nas redes sociais e grandes mídias, de modo a incentivar a busca pela diversidade de pensamentos e escolhas, procurando sempre formar opiniões à partir da análise de várias perspectivas, garantindo a real liberdade de escolha.