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Enviada em: 06/11/2018

A manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet é uma problemática que merece destaque na contemporaneidade, dado que tende a diminuir a privacidade dos usuários além de favorecer o modo de consumo excessivo. Dessarte, nota-se a aplicação dos conceitos simulacro e simulação e violência simbólica em decorrência da maior exposição online bem como do padrão imposto pela classe dominante. Portanto, medidas, cujo objetivo seja no mínimo amenizar o impasse, são cabíveis.    Indubitavelmente,o conceito de simulacro e simulação do filósofo e sociólogo francês Jean Baudrillard, que consiste na criação de uma realidade mais atrativa que a verdadeira, se enquadra na atual conjuntura, visto que a superexposição nas redes sociais está cada vez mais comum sem, no entanto, mostrar de maneira evidente o lado negativo das coisas, criando assim, uma espécie de realidade alternativa. Dessa forma, com o intuito de mostrar suas vidas perfeitas, as pessoas expõem não somente o que fazem, mas também com quem estão e do que gostam, suscitando assim, o fácil acesso à dados que anteriormente seriam mais privados.       Outrossim, a imposição do modo de pensar da classe dominante sobre a dominada, explicada pelo francês Pierre Bourdieu por meio do conceito de violência simbólica, favorece o consumismo, já que, de maneira geral, define o modo de vida desejado, tornando a aquisição de bens uma representação de sucesso. Em função disso, as redes sociais se apropriam de informações dos usuários para fazer propagandas que se encaixem em seu estilo de vida. Dessa maneira, essas pessoas ficam tentadas a consumir produtos e serviços que, não raramente, seriam dispensáveis, aumentando o consumismo além de evidenciar a falta de controle da própria vida.     Logo, a fim de combater os efeitos advindos do simulacro e simulação assim como da violência simbólica, o Governo com auxílio do Ministério da Educação deve, por meio de palestras informativas tanto para os alunos quanto para seus responsáveis e familiares, advertir sobre os perigos da exposição excessiva e também sobre como as propagandas online podem ser perigosas em função de apresentarem produtos que se adequem ao perfil dos consumidores com a intenção de fazer com que eles consumam mais que o necessário. Além disso, o Governo deve fiscalizar de maneira mais eficiente os meios online, uma vez que a proibição da venda de informações por meio de leis mais rígidas facilitaria a diminuição da manipulação dessas pessoas.