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Enviada em: 06/11/2018

Ao descortinar do século XXI, a contemporaneidade, marcada pelo advento do viés tecnológico, permitiu o avanço da sociedade. Entretanto, o aumento do contato humano com a internet, embora tenha trazido melhorias para o meio social, acarretou influências no modo de ser, pensar e agir de um indivíduo. Destarte, é salutar discutir acerca da manipulação que essa ferramenta origina nas questões econômicas do organismo social, como também no que tange às relações comportamentais do ser.     Mormente, convém pontuar que a internet é um utensílio que possibilita o aumento da desigualdade social. Nesse panorama, ainda que dados do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD) demonstre que o valor econômico de 1% da população mundial mais rica seja equivalente a 57% dos mais pobres, não há uma política que conscientize as pessoas sobre o seu poder de compras no mundo virtual. Como resultado, a população menos desprovida de recursos financeiros, objetivando alcançar os padrões de vida dos mais ricos, destinam seus dinheiros de forma desordenada.      Outrossim, as informações contidas na internet são itens que alteram e controlam as decisões de uma pessoa. Nessa conjectura, embasado pela Teoria da Razão Instrumental da Escola de Frankfurt, em que o conhecimento e a informação circulam sob os interesses de um grupo - redes sociais - e sob o mito da neutralidade, são tratados como verdade, os dados da internet podem interferir no modo de se comportar de um indivíduo. Em corolário a isso, depreende-se que Nietzsche já parecia discorrer: “Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo.”     Nesses contextos, portanto, são necessárias atitudes que mitiguem os empecilhos oriundos da manipulação de dados do mundo virtual. Sendo assim, é mister que as universidades e os estabelecimentos escolares realizem palestras de economistas com pais e alunos. Pode-se utilizar documentários e dados estatísticos que estimulem a população a não ser influenciada por meios eletrônicos e fomentem o equilíbrio financeiro. De tal forma, reduzir-se-á os impactos da desigualdade social. Ademais, é imperioso que o poder público, com ações do Ministérios das Comunicações, desenvolva cartilhas e banners que alertem os cidadãos acerca dos fatores de manipulação da internet. Nessa ótica, jornais e redes sociais são ferramentas de grande importância nesse processo de aprendizagem humana.