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Enviada em: 27/11/2018

Indubitavelmente a Revolução Informacional - iniciada no século XX -, facilitou a vida das pessoas em vários aspectos com o advento da internet. Contudo, trouxe também a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados. Hodiernamente, essa problemática tem como eixos: a fabricação de uma cultura unificada que atenda os desejos do sistema capitalista, e a falta de sigilo de dados nos provedores de hospedagem. Para a plena resolução do problema é necessário o combate a ambos os eixos.       Em primeiro plano, cabe destacar que o sistema capitalista visa somente o lucro, sem preocupação alguma com os elementos culturais que podem ser neutralizados na criação de uma hegemonia cultural mais rentável. Nesse contexto, a internet facilitou a criação dessa unidade cultural, pois com a análise de dados de busca dos usuários, as corporações conseguem moldar o comportamento destes, a fim de que os gostos dos internautas compactuem com a produção das empresas. Dessa forma, está instalada na sociedade a Indústria Cultural - termo idealizado pelos filósofos Adorno e Horkheimer da Escola de Frankfurt -, que acontece quando as empresas criam primeiro a carga cultural do cliente, depois o produto.           Todavia, este controle social poderia ser minimizado se os provedores de hospedagem mantivessem o sigilo de dados dos usuários, oque não acontece, e que em muitas vezes a quebra de sigilo acontece sem a ciência do cliente. A venda de dados é uma pratica extremamente lucrativa entre os provedores e as empresas de propaganda, e que não conta com fiscalização nenhuma. Pela falta de legislações virtuais específicas, a fiscalização destas transações de dados só podem ser feitas pela WEB Police - ou polícia cibernética - à luz de uma mantado judicial, ou carta rogatória. Como os mecanismos de atuação supracitados demandam a ação dos Ministérios Públicos dos países dos servidores, a fiscalização se torna inviável.     Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe aos países que possuem provedores de hospedagem em seu território, dificultar a venda de dados na internet por meio da criação de legislações virtuais específicas, que permitam a fiscalização das transações de dados pelo governo sem a obrigatoriedade de uma ordem judicial. Dessa forma, o processo de fiscalização se tornará mais eficiente, e eventuais infrações contra a privacidade dos internautas poderam ser devidamente solucionadas à luz da nova legislação. Assim, os internautas poderão navegar na internet sem se preocupar com a manipulação da mídia.