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Enviada em: 05/11/2018

A sociedade brasileira utiliza cada vez mais a internet para acessar redes sociais, plataformas de vídeos e obter informações. Entretanto, segundo dizer popular, não existe almoço grátis, tudo é pago, direta ou indiretamente. Nesse sentido, trazendo para o contexto da internet, o fácil acesso a plataformas “gratuitas” tem um preço, os dados dos cidadãos. Assim, abre-se espaço para a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet, contribuindo para inibição do senso crítico nas escolhas do que consumir e formação de pessoas que vivem numa bolha de superproteção, sem ciência do que acontece além de seu universo.     Inicialmente, alinhado com o pensamento de Einstein, percebe-se que a tecnologia ultrapassou a humanidade das pessoas. Hoje, com os avanços tecnológicos e fácil acesso à internet, os usuários são incentivados a consumirem tudo que lhes é apresentado. Dessa forma, seus comportamentos são manipulados pelas próprias plataformas, dando a falsa impressão de que estão no controle de seus desejos, quando, na verdade, estão digerindo o que a tecnologia lhes impões. Isso contribui para manutenção da falta de senso crítico e pensamento analítico.     Além disso, de acordo com Carl Sagan, observa-se uma sociedade que depende de ciência e tecnologia, mas que não sabe nada de ciência e tecnologia. Isso acontece, porque se vive em plena era da informação, não do conhecimento. Dessa maneira, com o fácil acesso e excesso de informação e estímulos constantes à viver no mundo conectado, o usuário passivo, sem consciência, fica subordinado ao que lhe é oferecido. Por consequência, consome e acaba agindo desalinhado verdadeiramente com suas necessidades, desejos e decisões. Ademais, isso também contribui para inibição da criatividade.     Dessa forma, medidas são necessárias para minimizar o problema. O Ministério da Educação deve capacitar professores com cursos em horários contrários ao trabalho sobre ferramentas para instigar os alunos a desenvolverem um senso crítico, alinhado com um pensamento mais analítico e investigativo, ensinando-os a usarem essas habilidades também no mundo virtual. Com isso, busca-se alcançar o objetivo de formar pessoas dotadas de consciência e preparadas para exercer uma cidadania digital, relacionando melhor o que consomem na internet e triando com consciência o que lhes é sugeridos nas redes, resgatando a humanidade no uso das tecnologias.