Câmeras de segurança que vigiam tudo e todos, grande controle e manipulação sobre toda e qualquer ação. George Orwell idealizou em sua obra “1984” um universo paralelo, o qual todos os cidadãos tinham seus passos vigiados pelo “grande irmão”, muito embora tal idealização não seja restrita a literatura, esta é uma mazela a qual padecem milhões de usuários diariamente. Recentemente, o Facebook e a Google foram alvos de um escândalo, em virtude de acessarem dados privados de seus usuários, tudo isso em prol da manipulação e influência direta na compra de determinado produto ou visualização de informações/notícias de interesse mútuo ou unilateral, o que remete o usuário da internet ao “ser panóptico”, idealizado por Bauman. Os limites entre o público e o privado estão sendo cada vez mais oprimidos e segregados em razão de interesses de cunho político e/ou econômico. A grande massa de pessoas envolvidas, proporciona a internet uma gama de possibilidades de promoção própria ou de interesses empresariais, o que nos faz estar expostos a um mundo sem lei e principalmente, sem controle. Diante disso, é indubitável afirmar que a internet é um mercado financeiro altamente atrativo, sendo portanto, necessário que o poder público haja de maneira a garantir a legitimidade da privacidade na internet, para tanto, deve-se fiscalizar com rigor a promoção midiática, outrossim, conscientizar a população dessa situação, por meio de campanhas publicitárias nas mais diversas mídias informativas, dando essência ao pensamento de Oscar Wilde: “O primeiro passo é o mais importante para evolução do homem ou nação”.