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Enviada em: 06/11/2018

No século XX, o regime ditatorial nazista utilizava meios de comunicação, através de informações adulteradas para obter força e adeptos ao processo. Hodiernamente, o fato assemelha-se a manipulação de conteúdos na internet e ao controle de informações que atendem determinados grupos. Nesse contexto, fazem-se relevante dois fatores: a falta de credibilidade à dúvida e a ineficaz legislação no que tange ao assunto.     Machado de Assis, em sua obra realista Dom Casmurro, enfatiza a incerteza dos fatos por meio da desconfiança de Bentinho por Capitú. Por outro lado, atualmente, a sociedade não tem atribuído espaços à ocorrência de dúvidas, que, segundo Descartes, produz o conhecimento seguro e verdadeiro, contribuindo para a prudência e o uso correto da razão.     Outrossim, a legislação atual não abrange a pluralidade vigente. Como reflexo, a população se faz refém dos detentores dos centros informacionais justamente por não encontrarem leis que possam impedir ou minimizar sua ocorrência. O que favorece a massificação do pensar humano.     Torna-se evidente, portanto, que há impasses para que a questão do controle de dados e afins seja resolvida. Diante disso, no Brasil, as escolas, incentivadas pelo MEC devem realizar palestras para toda a comunidade visando promover o conhecimento e perigo de falsas interpretações modificadas, bem como divulgar o método cartesiano que sugere revisar os fatos de tempos em tempos. Também, é inescusável que a Câmara crie projetos de lei que consiga contemplar o espaço virtual, fiscalizando a presença de algoritmos e de grupos que possam modificar notícias e acontecimentos. A observância do cumprimento legislativo deverá ser feita por profissionais da área tecnológica, escolhidos por meio de concursos públicos imparciais. Contribuindo assim, para o acesso livro de barreiras ideológicas, enaltecendo a autonomia comportamental e crítica do indivíduo brasileiro.