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Enviada em: 05/11/2018

Desde a Segunda Guerra Mundial os sistemas tecnológicos informacionais vêm sendo desenvolvidos de maneira muito veloz. Uma das tecnologias que cada dia se faz mais presente é a internet. Pode-se dizer que a facilidade de comunicação e acesso a todo tipo de dados e informações elevou as relações, tanto pessoais quanto informativas, a um outro patamar. Porém, ultimamente, essa importante ferramenta vem criando uma espécie de "bolha"no mundo digital de seus usuários.       Em primeiro lugar, cabe salientar a facilidade que a utilização da internet trouxe. Reportando-se ao passado, tal avanço fica ainda mais evidente. Exemplificativamente, nos idos de 1500, a comunicação ao Rei de Portugal sobre o "descobrimento"do Brasil, foi feito por Pero Vaz de Caminha através de uma carta que viajou por diversas semanas de navio até chegar a seu destinatário. Já na conhecida "Belle Epoque" teve-se o advento do telefone que facilitou o contato interpessoal. Mas, somente com a chegada e evolução da internet que as relações sociais e o acesso global às notícias e acontecimentos instantâneos se tornaram realidade.       Por outro lado, empresas de comunicação digital,, de redes sociis e mesmo de prestadores de serviços vêm se utilizando cada vez mais de dados colhidos na rede mundial de computadores, na maioria das vezes sem conhecimento e autorização dos usuários, com o intuito de manipular o conteúdo por eles acessados. Assim, a própria internet oferece a seus usuários, não aquilo que eles procuram, mas sim aquilo que os dados colhidos em seus sistemas mostram que eles queriam ou deveriam tomar conhecimento.       Dessa maneira, é evidente que se faz necessário um redimensionamento dessa cadeia de informações e coleta de dados. Necessita-se que o Poder Público, em conjunto com a sociedade civil organizada e as próprias empresas digitais, elaborem medidas que restrinjam essa captação de dados indiscriminada que acontece atualmente, através de uma limitação por amostragem, bem como restringir esse direcionamento automático dos usuários para que estes tenham um leque de escolha, sob pena de se tornarem robotizados digitais e não conseguirem estourar essa "bolha" digital.