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Enviada em: 05/11/2018

De acordo com Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável por suas escolhas. Entretanto, com o advento da internet e suas tecnologias de gerenciamento de dados, o usuário tem suas escolhas coordenadas por um algoritmo. Dessa forma, a rede de informações adquiridas por esse sistema é ampla e pode ferir a privacidade e o poder de escolha daqueles que a utilizam.     Primeiramente, é necessário compreender que o termo algoritmo trata-se de uma expressão matemática que visa organizar e selecionar algo de acordo com um sistema estabelecido anteriormente. Porém, a fórmula que rege essa tecnologia costuma ser desconhecida. Portanto, seu usuário desconhece o motivo pelo qual recebe determinadas informações. E, nesse âmbito a ilegalidade pode agir em detrimento de certos assuntos e omitindo outros.    Além disso, a coleta de dados e a unificação deles para criar atrações que atinjam um grande público colaboram para a formação de uma sociedade baseada no senso comum, fomentando o conceito sociológico de indústria cultural de massa, que visa exclusivamente o lucro.    Portanto, parafraseando Platão em seu texto ‘Alegoria da Caverna’, é necessário que a população retire-se da escuridão do senso comum e clame para que seus direitos de escolha sejam respeitados. Para isso, é fundamental que o Poder Legislativo apresente leis que regulamentem o uso de algoritmos, dessa forma, os sites que utilizem tal artimanha expliquem de maneira didática e acessível o funcionamento de tal sistema e, ainda assim, tornando facultativo ao usuário sua utilização. Somente dessa maneira a ideologia de Sartre será reestabelecida e o ser humano poderá efetivamente ser responsável por suas escolhas, gozando livremente de sua liberdade.