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Enviada em: 06/11/2018

A Segunda Guerra Mundial foi marcada pelo nazismo, o qual utilizava meios de comunicação, desenvolvidos fortemente à época, para manipular as ideias e, consequentemente, os comportamentos da sociedade alemã. No Brasil, tal mecanismo de controle assumiu forma, principalmente, na ditadura militar. Nesse sentido, vale ressaltar que esse perdura na atual conjuntura do país.    Hodiernamente, em paralelo com as inovações tecnológicas da era digital, surgiu a sofisticação do sistema de manipulação, que se assemelha, indiretamente, à temática abordada por George Orwell, no romance "1984". Tal "empenho" é resultante de veículos que têm interesses tanto econômicos, quanto ideológicos, que aproveitam-se do grande mercado multifacetado que o campo digital tornou-se, haja vista que mais da metade da população brasileira, com 10 anos ou mais, já utilizaram a internet, de acordo com dados do IBGE.    Outrossim, tal impasse também promove a propagação de discursos de ódio e intolerância. Tais práticas evidenciaram-se em 2018, ano de eleições, que ficou marcado pela "distribuição" em massa de informações cuja verdade era contestável, as chamadas "fake news", que vendiam ideias convenientes aos veículos de manipulação.    Em suma, intervenção civil e estatal é imprescindível. O Estado, por meio do Ministério das Ciências, Tecnologias, Inovações e Comunicações, em parceria com profissionais, incumbem-se de promover palestras e feiras explicativas e expositivas de acesso consciente e crítico à internet, para que, dessa forma, haja uma democratização na educação digital. À sociedade cívica, também em conjuntos com profissionais, por meio de mídias, principalmente as sociais, cabe o papel de realizar campanhas, bem como outras providências, com o intuito de estender a conscientização aos demais indivíduos. Destarte, a manipulação será cada vez menos efetiva.