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Enviada em: 06/11/2018

Consoante o poeta Cazuza, "Eu vejo o futuro repetir o passado", a manipulação do comportamento do indivíduo não é um problema atual. A partir do desenvolvimento do conceito de computação moderna -após a segunda guerra mundial- com base nos trabalhos do matemático Alan Turing, a internet se tornou o principal meio pelo qual o indivíduo sofre influência. Desse modo, na contemporaneidade, as dificuldades persistem não só pela falta de senso crítico, principalmente entre os jovens, mas também pela ganância de visualizações dos veículos de informação digital. Em primeiro plano, evidencia-se que a criança brasileira não é estimulada a ter o perfil questionador nas escolas. Segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil apresenta investimento alto no ensino superior, comparado à países europeus, entretanto, a verba gasta com o ensino básico é consideravelmente inferior. Por conseguinte da tímida aplicação de capital nesse setor, as escolas se mostram sem estrutura para estimular a criticidade das crianças, tornando-as, infelizmente, alvos fáceis de manipulação ao se conectarem na rede. Outro aspecto notável, nessa temática, é a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, explicada pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Os sites, ao estarem imersos nesse panorama líquido, focam suas ações no interesse próprio, criando mecanismos que interpretam pesquisas prévias dos usuários, para , a partir disso, oferecer informações condizentes com o perfil do internauta, alimentando uma falsa sensação de liberdade. É evidente, portanto, que há entraves para evitar a manipulação do comportamento na rede. Dessa maneira, é preciso que o ministério da educação e cultura desenvolva o senso crítico dos cidadãos, desde os primórdios da vida escolar, por meio da implementação de debates constantes nesse ambiente, com temas que interessem os jovens, para que assim, ao se conectarem na internet, tenham condições de evitar a influência implantada por toda a rede.