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Enviada em: 06/11/2018

A internet tem ocupado uma posição de destaque na vida das pessoas, principalmente, no que tange à influência e manipulação do comportamento, necessitando de controle e pensamento crítico.  Isso porque ela não só expõe conteúdos de uma maneira que desperta o interesse dos seus usuários, como também aproveita a dificuldade desse público para lidar com a quantidade de informações.    Pablo Picasso, na sua obra cubista, retrata os elementos de maneira fragmentada e com recortes intencionais, a fim de fazer uma releitura da realidade que desperte a apreciação do público, o que analogamente a internet faz com seus conteúdos ao filtrar e moldar a informação para chamar a atenção de seus usuários. Isso pode ser justificado por meio da exposição de títulos criativos e com assuntos de interesse da população em notícias e publicidade. Tal processo é perceptível quando nos sites aparecem links de propagandas ou informações de grande anseio do público, como alimentação aliada à perda de peso, por exemplo.      É necessário pontuar ainda que muitas pessoas possuem dificuldades para lidar coma vasta quantidade de informações que a internet oferece, sendo, portanto, mais facilmente influenciadas. Tal problemática é percebida quando os usuários formam suas opiniões por meio dos conteúdos selecionados de acordo com os interesses dos autores destes. Isso pode ser ilustrado por John Locke ao apresentar a mente humana metaforicamente como uma tábua rasa, a qual pode ser moldada por impressões e informações.      Portanto, é necessário que a escola, desde o ensino básico, aborde sobre o poder que a internet tem para manipular seus usuários, por meio de aulas dinâmicas que despertem o pensamento crítico, com discussões a respeito dos artifícios que esse meio de comunicação utiliza para chamar a atenção, bem como a necessidade de observação, a fim de que esses indivíduos não sejam influenciados pelas informações selecionadas por um grupo minoritário e possam desenvolver a livre escolha de pensamento.