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Enviada em: 06/11/2018

O controle de dados pessoais na internet, por parte de qualquer órgão ou empresa, direciona a navegação propositalmente para atingir objetivos não desejados pelo usuário. A história comprova que, com o advento da Terceira Revolução Industrial, os fluxos de informação se tornaram mais rápidos e isso fez com que os detentores das novas tecnologias os monopolizassem. Nessa linha de pensamento, a rede virtual se transformou num espaço perfeito para catalogar e vender padrões de busca. Por  isso, é necessário refletir sobre como esse cenário é utilizado para manipular o consumo ou modos de pensar individuais.       Em uma primeira análise, é fato que empresas de busca da internet guardam padrões de pesquisa e depois os vendem. Isso, a princípio, não incomoda grande parte dos usuários. Todavia, eles não percebem como essa situação pode os afetar negativamente: a propaganda das empresas que detêm os dados, ciente dos detalhes de consumo de cada um, se torna extremamente incisiva e persuasiva, até para produtos que não seriam, por si só, tão importantes. Por exemplo, uma loja que sabe os dias do mês que alguém recebe o salário pode induzir o cliente, por meio de reclames excessivos, a gastar seus vencimentos nesse dia.       Além disso, o controle de dados consegue ser ferramente até para impor ao  usuário modos de pensar. Isso acontece ao passo que, ao acessar endereços eletrônicos, realizar buscas ou até reagir a publicações, o navegante fornece às empresas que controlam os principais aplicativos suas preferências políticas, esportivas e de estilo de vida. Dessa forma, torna-se possível relacionar algo extremamente positivo para uma pessoa a uma ideia que o manipulador quer propagar. As informações sobre o clube predileto de um fanático por futebol, por exemplo, podem estar associados a um candidato de uma eleição.       O controle de informações na internet, portanto, é uma perigosa ferramenta de manipulação do usuário. Por isso, é necessário que o Poder Legislativo, por meio de uma votação com maioria qualificada no Congresso Nacional, crie uma comissão exclusiva para esse assunto, de forma a propor leis que coíbam a prática de venda ou uso de dados pessoais de navegantes. Assim, a utilização da rede virtual será segura e com finalidade de atender apenas aos desejos de quem a usa.