Materiais:
Enviada em: 06/11/2018

Manipulação: a precursora da ignorância   Desde a 2ª Guerra Mundial, com a invenção do computador pelo notório matemático Alan Turing, e, posteriormente, com a acessibilidade em larga escala dos celulares, o uso da internet se multiplicou ao decorrer dos anos, chegando a acometer mais de 80% dos jovens brasileiros, segundo o IBGE. Apesar de facilitar a vida dos usuários, as consequências desse uso dependente aprisionou a população aos seus eletrônicos, formando o carácter através dos algoritmos fornecidos pelas máquinas. Libertar os cérebros dessa manipulação invisível seria formar a sociedade autocrítica funcional.  O ser humano, mesmo considerando-se a única espécie do reino animal com racionalidade, ainda é submetido e aprisionado pelas suas próprias invenções. Albert Einstein criticou o que hoje é chamado de cárcere tecnológico, no qual a inteligência artificial escolhe o que cada usuário tem que ver e saber, baseando-se em escolhas primitivas na rede. Essa dependência, seja no trabalho ou na busca por conhecimento e lazer, trazem à tona o perigo que a internet está ocasionando. Esse risco pode ser mostrado, por exemplo, no Facebook, no qual o feed do usuário mostra sempre notícias análogas às pesquisas já feitas antes, no qual não condizem com a realidade, favorecendo a propagação das fake news e manipulando o indivíduo para obedecer ao que é mostrado.   Outra consequência desse vício tecnológico é a falta da evolução do pensamento humano. Essa escolha algoritmada mostra sempre o que o indivíduo quer ver, tornando-o um ser ignorante. O acolhimento de diferentes pontos de vista consegue deixar a autocrítica perdurada no indivíduo, para que ele escolha a sua própria formação ideológica. Permitir que ele pense é garantir a democracia da escolha.   Deve-se, portanto, evitar a alienação tecnológica e, posteriormente, suas consequências. Assim, o Ministério da Educação, em primeiro ato, deve alertar pais e alunos, através das escolas, com palestras que evidenciam o mau uso da internet e as consequências que a falta de controle traz para o desenvolvimento infantojuvenil. Em seguida, fazer o uso das próprias redes sociais parar disseminar o poder que a leitura e a busca de informações em livros e jornais procedentes, e a pluralidade de ideias, têm na formação da mudança de um ser ignorante para um ser pensante.