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Enviada em: 06/11/2018

Ao descortinar do século XX, na República Velha, o voto de cabresto acometia à repressão explícita ao voto, suprimindo assim a autonomia inerente ao cidadão. No entanto, apesar de vinculada a um passado autoritário, a manipulação social, de cara nova, ainda se faz presente na vida dos brasileiros por meio do controle dos dados da internet, e sua discussão é medida que se impõe.       Em primeira análise, tem-se que o uso de algoritmos como filtro do conteúdo digital restringe o leque de informações do usuário. Em desinência disso, o indivíduo depara-se cada vez menos com crenças distintas das suas, não exercendo qualidades filosóficas como o debate e o questionamento. Dessa maneira, caminha para a alienação numa espécie de Darwinismo Sóciomidiático.        Segundamente, num viés econômico, tal mecanismo digital influencia diretamente na prática do consumo. Ou seja, ao direcionar propagandas a públicos específicos, o consumismo toma proporções antes inimagináveis. E, ainda, de acordo com o sociólogo Zigmunt Bauman, a liquidez da sociedade contemporânea contribui ainda mais para tal fenômeno, uma vez que o individualismo predomina numa sociedade sem questionamentos.       Em suma, é cristalino o incentivo à autonomia individual, que será alcançada por meio do maior aporte de aulas curriculares de filosofia e sociologia nas escolas públicas., por intermédio do Ministério da Educação. Ademais, é temerária a elaboração de leis mais específicas que regulem a publicidade digital, bem como sua fiscalização pelo Ministério da Justiça. Ainda, a criação de uma cartilha sobre "consciência e autonomia digital" é benquista por parte das ONG'S. Feito isso, há esperança de que perfaça-se uma sociedade livre das mazelas da manipulação.