Materiais:
Enviada em: 19/11/2018

A ditadura do algoritmo       Declarado pela Constituição Federal em 1988, é assegurado a todos os cidadãos o direito a segurança e bem-estar social. No entanto, a Internet e a sua manipulação de dados impede que um quantitativo de pessoas usufruam desse direito coletivo na prática. Nesse sentido, é imprescindível a tomada de medidas cabíveis para a resolução dessa problemática que assola a sociedade contemporânea.       Segundo Zygmun Bauman, vivemos a era da modernidade líquida, onde as relações escorrem pelos dedos e o mundo é ditado pelos algarismos. Dessa forma, tal  ponto de vista é deflagrado na realidade vivenciada no Brasil, em que o comportamento dos usuários é manipulado pelos dados acessados na Internet. De acordo com informações do IBGE, 64, 7% das pessoas utilizam a Internet. Dado ao exposto, é notório o quanto a teia informacional está solidificada na sociedade e, por consequência, a facilidade em influenciar esses usuários.        Faz-se mister, ainda, destacar que a rapidez no tráfego de informações, ocasionada pela Internet, torna-a propulsora do problema. De acordo com Rousseau, a natureza oferece o suficiente para o homem viver bem, mas a sociedade e suas invenções o tornam um miserável. Diante desse contexto, é inegável a existência da falsa ilusão de liberdade de escolha, perante o usuário que transforma-se em "marionete" do sistema manipulador imposto.       Portanto, ações são necessárias para a resolução acerca do problema da manipulação do comportamento das pessoas enquanto usuárias da Internet. Destarte o Ministério da Educação deve incentivar a realização de palestras de cunho socioeducativo nas escolas. Ademais, em parceria aos meios midiáticos, criar campanhas de divulgação desse problema social, a fim de alertar as pessoas sobre a silenciosa ditadura do algoritmo que está, a cada dia, ditando a opinião pessoal do meio social, para que não vivam nas sombras, como mostra a alegoria da caverna de Platão.