Os algoritmos são códigos numéricos obtidos de dados online que oferecem como resposta um retrato do gosto do individuo analisado. Teoricamente, seria somente uma ferramenta de dados para empresas calcularem qual o melhor produto a ser vendido para aquela pessoa específica. Contudo, este jogo numérico não é transparente e não exclui-se a manipulação de dados para beneficiar um determinado produto ou opinião. Assim, a manipulação de informação realizada por algoritmos, entrega uma informação viciada prejudicando a decisão final do indivíduo. Nos dias atuais, até a compra de um item básico como uma escova de dente pode ser manipulada. Antes do uso da internet, é claro já havia outros meios de comunicação mas não com esse alcance, o indivíduo comprava algo pelo custo/benefício. Hoje, o produto tem suas características apresentadas e aglutinadas a uma série de mensagens online. O indivíduo não compra só aquele produto porque é bom, mas devido a uma serie de mensagens produzidas e associadas pelos algoritmos. Assim, produz uma obediência programada e não uma decisão informada, ou seja, uma manipulação do indivíduo. Isto ainda pode ser agravado. O filosofo Baumann criou o termo modernidade líquida para caracterizar o desejo de experiências rápidas, superficiais tipicas do século XXI. A própria modernidade não acredita nas experiências profundas. Ela prefere a rapidez da informação. Isto pode fazer o indivíduo decidir conscientemente pela informação manipulada pois essa apresenta uma roupagem da velocidade. Isto pode ser exemplificado pelo “trending topics” onde ao em vez de buscar informação apuradas clica-se naquele que é mais rápido. Portanto, a manipulação de informação prejudica a decisão final. A modernidade líquida, típica do século XXI, auxilia nesse controle do indivíduo, que busca experiências rápidas. Para mudar este quadro a educação é a chave. Produzir indivíduos conscientes desse jogo numérico melhorara a tomada de decisão, consciente e não obediente.