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Enviada em: 12/11/2018

Antigamente, quando os cantores ainda dependiam das rádios para divulgar suas músicas, existia o chamado "jabá", que consistia em suborno dado às rádios por empresários e gravadoras para que elas tocassem mais vezes a música de um determinado artista. Hoje o veículo mais utilizado para tocar músicas são as plataformas digitais, que sugerem músicas para os seus usuários baseando-se nos seus gostos e no seu histórico de músicas ouvidas, fazendo com que uma pessoas ouça mais determinados artistas do que outros. A seleção dos artistas baseado nos interesses musicais de uma pessoa a princípio não representaria um problema, a questão é que as empresas e instituições começaram a comprar essas informações e trabalhar junto com as veiculadoras de conteúdo, seja esse conteúdo músicas, vídeos e até notícias, para direcionar o usuário e fazer com que ele consuma apenas conteúdos que interessem a própria veiculadora ou às entidades que a patrocinam. Isso limita a possibilidade do internauta acessar conteúdos de diferentes fontes, com diferentes pontos de vista, sendo levado a acreditar apenas no que lhe é disponibilizado e desenvolvendo interesse apenas no que lhe é apresentado. Para impedir que essa manipulação aconteça, dois agentes são muito importantes, o Ministério das Comunicações, que deve monitorar o uso de algorítimos inteligentes nos veiculadores de informações, garantindo que as pessoas tenham acesso a informações confiáveis e que sejam realmente do melhor interesse do usuário, e o próprio usuário, que deve buscar diferentes fontes para se informar, além das sugeridas por sites como Google, Facebook e Youtube.