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Enviada em: 07/11/2018

Consoante ao pensador Confúcio,"Para entender o futuro,estude o passado",a manipulação do comportamento dos usuários por controle de dados, não é um dilema atual.Desde o início da década de 1990-quando ocorreu uma ampla comercialização da internet no Brasil-essa vicissitude é uma realidade.De mesmo modo,na contemporaneidade,essa problemática persiste devido a propagação de informações impostas à sociedade através da rede,aliada à aceitação-por indivíduos à margem da autonomia intelectual-dos preceitos criados pelo algoritmos.    Cabe ressaltar,a princípio,que as "máquinas" escolhem as notícias à serem divulgadas aos cidadãos,acarretando na imposição de ideais.Através do termo Poder Coercitivo,o sociólogo francês Emile Durkheim, descreve que os detentores da força induzem os indivíduos a pensarem,e agirem de maneira análoga a suas ideologias.Tal assertiva,destaca-se nessa conjuntura, principalmente no que tange à indução dos cidadãos,visto que a internet é o principal meio de influências ideológicas, e segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), cerca de 6 em cada 10 brasileiros utilizam as redes.Portanto, denota-se que a divulgação de determinados dados, podem ascender fortes preceitos ideológicos no corpo social.      Cabe salientar,outrossim, que a passividade racional da população, frente à decisões informadas, também eclode como fator propulsor dessa desordem.O filósofo Immanuel Kant,descreve em sua obra "O que é o esclarecimento?", que o homem alcança a sabedoria, quando atinge a maioridade intelectual,ou seja,quando constrói a autonomia para compreender o mundo a partir de seu ponto de vista.No entanto, tal ideal não abrange com veemência toda a nação,haja vista as eleições de 2018,em que muitos brasileiros foram influenciados por parlamentares desprovidos de senso coletivo.A partir disso, infere-se a imprescindibilidade de a população tupiniquim desenvolver a criticidade, para que assim, não sejam manipulados nas suas atitudes comportamentais.      Diante do exposto, o Ministério da Ciência e Tecnologia, juntamente com o Ministério da Educação, devem desenvolver cartilhas e propagandas, à serem divulgadas nas escolas, redes sociais e na TV, com o intuito de incentivar a população brasileira a adquirir criticidade, a partir da leitura, pois  os livros-através da interpretação individual-são os agentes formadores da autonomia intelectual.Com isso, será possível desconstruir a "arché" da manipulação do comportamento dos usuários por controle de dados na internet.