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Enviada em: 30/08/2018

É de conhecimento geral que, com o advento da Revolução Técnico Científica, a partir do século XX, os avanços da medicina e saneamento foram responsáveis pela erradicação de doenças como a varíola. No entanto, percebe-se que na atualidade doenças como o câncer terminal ainda causam milhões de óbitos no país. Nesse contexto, a medicina experimental tem sido utilizada nessas situações, porém, fraudes e utilização de remédios sem testes clínicos vem agravando o cenário desses enfermos.     Em primeira análise, vale salientar que pular etapas do método ciêntifico, como a experimentação em humanos à longo prazo, é gravemente prejudicial a sociedade, pois remédios experimentais não são suficientes para a obtenção de resultados futuros. Exemplo disso, foi um fármaco antidepressivo utilizado na década de 50 que após alguns anos foi descoberto seu efeito em grávidas, anomalias no feto. Nesse viés, já afirmava o filósofo Santayana, que aqueles que não conseguem lembrar o passado, estão condenados à repeti-lo. Sendo assim, a reprodução de erros como esse devem ser evitados no âmbito medicinal para a segurança civil.    Além disso, vale pontuar que a fraude é notória nesses experimentos medicinais, visto que alguns médicos aproveitam a vulnerabilidade de pacientes com câncer, por exemplo, para a propor a ''cura'' da doença. Afinal, foi divulgado pelo Jornal Fantástico, em 2018, o esquema fraudulento de médicos que propunham à cura do câncer utilizando ozônio que, inclusive, não existem testes clínicos comprovando. Mediante isso, pacientes pagam altos valores a ladrões sem resultados ou até mesmo agravando a doença.     Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Estado e Ministério da Justiça, tendo em vista o subsídio dos mecanismos de fiscalização de fraudes medicinais, como disque denúncia e delegacias especializadas no quesito, no intuito da cassação do CRM dos médicos envolvidos. Ademais, é necessário que a ANVISA  aumente do rigor das etapas dos testes clínicos de remédios que serão disponibilizados para a população, mediante fiscalização, evitando erros como o da década de 50.