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Enviada em: 06/10/2018

É de conhecimento geral que, devido ao recente óbito do renomado jornalista Marcelo Rezende, vítima do câncer e adepto à medicina alternativa, a questão do uso de medicamentos experimentais tornou-se pauta de discussões no Brasil. Nesse viés, a problemática do charlatanismo e abandono do tratamento médico, em virtude do método alternativo, foi questionada. Sendo assim, medidas políticas urgem no alarmante cenário social de incertezas e fraudes à respeito da metodologia experimental.     Em primeira análise, deve-se salientar que, com o advento da Revolução Técnico Científica, o imensurável avanço da medicina propiciou a erradicação de doenças, como a varíola. No entanto, a cura de patologias, como câncer e HIV, ainda são um desafio, visto que cientistas constantemente buscam o avanço no setor. Nesse viés, o uso de remédios experimentais tem sido optado por diversos enfermos como solução, porém alguns acabam abandonando o tratamento correto correndo riscos de vida. Exemplo disso, são pessoas que abandonaram a quimioterapia para utilizar apenas a ''pílula do câncer'' fosfoetanolamina, cuja eficácia é incerta.     Além disso, vale pontuar que já afirmava o sociólogo Bauman, que a modernidade líquida traz consigo a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, evidencia-se na sociedade uma extrema falta de empatia, haja vista a expansão de criminosos utilizando-se da vulnerabilidade de doentes para engana-los, propondo tratamentos sem nenhum embasamento científico. Nesse contexto, seja por ignorância, seja por ilusão, muitos cidadãos gastam altos valores financiando médicos fraudulentos sem obter melhoras.     Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Ministério da Justiça e União, tendo em vista o aumento da fiscalização, relacionado ao mal uso da medicina, no qual um site de denúncias e delegacias especializadas serão disponibilizadas para a população, haja vista a minimização de fraudes nesse âmbito. Ademais, é preciso que a mídia divulgue campanhas de conscientização em massa, no intuito de informar  civis sobre o risco de acreditar em tratamentos sem comprovação científica.