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Enviada em: 19/04/2018

Em 1789, a Revolução Francesa apresentou ao mundo moderno os ideias de liberdade, igualdade e fraternidade. No entanto, no que concerne à questão dos moradores de rua no país, esses princípios perpetuam-se na teoria e não desejavelmente na prática. Isso se evidencia pela herança do sistema de produção em concomitância com a negligência do poder público.         Em primeiro plano, é indubitável que o grande responsável pela problemática é o sistema capitalista. Haja vista que com a Revolução Industrial, a partir da política de cercamentos, houve a privatização das terras inglesas. Consequentemente, a expulsão de camponeses foi inevitável.Sendo assim, os trabalhadores rurais encaminharam-se para as cidades a fim de dar espaço para a criação de ovelhas que iriam sustentar a indústria têxtil. Desse modo, por conta da falta de empregos e domicílios muitos instalaram-se nas ruas desses centros urbanos ingleses. Atualmente, a problemática não é diferente. Porquanto, devido ao atual cenário de crise, muitos brasileiros encontram-se nas ruas pela ausência de oportunidades laborais.Configura-se, portanto, uma herança história desse sistema de produção que promove a desigualdade social.           Outrossim, conforme o mito da caverna- de autoria do filósofo Platão- indivíduos que não possuem pensamento crítico perante a uma situação da realidade, estão presos em uma gruta em que apenas sombras da realidade são aparentes. Nesse sentido, os governos estaduais agem de maneira análoga a essa alegoria, uma vez que os centros de assistência social que atendem moradores de rua são ínfimos. Por conseguinte, as estatísticas de pessoas em situação de exclusão social é a cada vez maior. À vista desse problema, é preciso que o governo respeite os ideais iluministas, enfrentando a problemática de forma mais organizada.         Destarte, a fim de reverter esse quadro nefasto, medidas são fundamentais. O governo, em parceria com o Ministério das Cidades, deve concentrar investimentos para a criação de centros de acolhimento para moradores de rua, com a presença de médicos, dentistas, psicológos, enfermeiros e assistentes sociais, com o fito de proporcionar um atendimento adequado para esses indivíduos. Além disso, as prefeituras, em parceria com instituições privadas, devem garantir a profissionalização dessas pessoas, por meio da disponibilização de cursos técnicos nesses abrigos. Com o intuito de inserí-los no mercado de trabalho e movimentar a economia da região. Com isso, os ideais que os Jacobinos postularam começarão a sair dos livros e serão praticados diariamente.