A princípio, qualquer lugar era local para estabelecer-se como moradia,tais como uma caverna, aldeia, ou mesmo um pedaço de terra. Contudo, o desenvolvimento social, a crescente globalização e o capitalismo desenfreado, foram reduzindo os espaços livres conforme o crescimento das industrias e dos centros urbanos. Logo, se fixou na sociedade a desigualdade, na qual os menos favorecidos por falta de assistências governamentais, e mesmo pela sociedade padronizada, acabam por se abrigar nas ruas. Segundo o Art. 6 da Constituição Federal de 1988, é direito fundamental do ser humano a moradia, entretanto, na prática é vedado. A falta de programas eficientes no Brasil, para inserir os moradores na sociedade, é uma das problemáticas, em que muitas vezes é deixada de lado. Em Lisboa, por exemplo, há assistências mais abrangentes, onde reduziu pela metade o numero de moradores de rua, dando-lhes um espaço doméstico próprio e resgatando sua autonomia. Além disso, a sociedade padronizada contribuem para migração e permanência das pessoas na rua. O conjunto de comportamentos e regras é cada vez mais limitado. Uma classe burocrática, que aliena, modifica e não aceita diferentes maneiras de pensar. Fator esse, que gera uma grande exclusão até mesmo por parte da própria família. É evidente, portanto, que a questão social dos moradores de rua é uma realidade crítica no Brasil, ao passo que além da exclusão social, traz consigo a perda da autonomia destes. Em razão disso, é necessário que o poder público, em parceria com ONGs, ofereçam imóveis e assistências para inclusão na sociedade, como no mercado de trabalho. Ademais,é primordial o papel da escola,incentivando desde o início dessa etapa,um melhor senso crítico nos cidadãos, para que possam assim, aceitar os diferentes tipos de etnias. Dessa forma,os moradores de rua podem ter a chance de um recomeço e ter pleno acesso aos seus direitos.