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Enviada em: 25/04/2018

A princípio qualquer lugar era local para estabelecer-se como moradia, tais como uma caverna, aldeia, ou mesmo um pedaço de terra. Entretanto,o desenvolvimento social,a crescente globalização, e o capitalismo desenfreado,foram reduzindo os espaços livres conforme o crescimento das indústrias e dos centros urbanos. Logo,fixou-se na sociedade a desigualdade, devido à qual os menos favorecidos por falta de assistências governamentais e mesmo pela sociedade padronizada,acabam por se abrigar nas ruas.  Segundo o Art. 6 da Constituição Federal de 1988, é direito fundamental do ser humano a moradia, no entanto,na prática isso não acontece. A falta de programas eficientes no Brasil, para inserir moradores de rua na sociedade,é umas das problemáticas que, muitas vezes, é deixada de lado por não tratar dessa dificuldade como realidade. Em Lisboa, por exemplo,há assistências mais abrangentes, as quais reduziram pela metade o número de desabrigados, dando-lhes um espaço doméstico próprio e resgatando sua autonomia.  Além disso, a sociedade contribui para migração e permanência das pessoas na rua. O conjunto de comportamentos e regras é cada vez mais limitado. Uma civilização burocratizada,que aliena, não se modifica, nem aceita diferentes maneiras de pensar. Fator esse que acarreta uma grande exclusão social, até mesmo por parte da família, na qual, pela opção sexual, por exemplo, filhos são expulsos de casa, tendo como única escolha, às vezes, a rua. É evidente, portanto, que a questão social dos moradores de rua é uma realidade crítica no Brasil, ao passo que além da exclusão social, traz consigo a perda da autonomia destes. Em razão disso,o Poder Público,em parceria com ONGs, devem oferecer imóveis e programas que possibilitem o acesso à educação de qualidade, com o intuito de inserir os desabrigados no mercado de trabalho, já que, assim como defende o filósofo alemão Hegel, o trabalho é a essência do homem. Ademais, é primordial o papel da escola, incentivando desde o início dessa etapa, um melhor senso crítico nos cidadãos, para que possam, assim, aceitar as diferentes etnias. Dessa forma, os moradores de rua podem ter a chance de um recomeço e ter pleno acesso aos seus direitos.