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Enviada em: 12/10/2018

Joaquim Nabuco, abolicionista brasileiro, acreditava que o verdadeiro patriotismo é o que concilia a Pátria com a humanidade. Entretanto, a sociedade brasílica, historicamente, cultiva visões marginalizadas sobre os moradores de rua, o que promove a falta de apoio da população e do Estado para com essa classe, inibindo a sua participação plena no corpo social.       Sob esse viés, evidencia-se o descaso dos órgãos públicos, como fator agravante dessa problemática. Estima-se que, no Brasil, uma grande parcela das pessoas em situação de rua já tenham sido vítimas de violência física, inclusive por parte da polícia. Em face a essa realidade, é inaceitável que o Estado não cumpra com a sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis, como segurança.    Outrossim, a exclusão enfrentada pelos sem teto revela práticas históricas de preconceito. Acerca disso, sabe-se que, durante o século XIX, criou-se o conceito de determinismo social, usado para validar o discurso de inferioridade de grupos minoritários, segundo esse senso o ambiente no qual o indivíduo está inserido determina seu comportamento. Depreende-se, portanto, que as dificuldades vivenciadas pelos moradores de rua nos mais diversos âmbitos da vida social tem raízes históricas, que acarreta, a falta de apoio da comunidade para a inclusão desse grupo pela sociedade civil.       Dessarte, visando a uma nação mais justa, é mister superar os desafios inerentes as pessoas sem acesso a moradia. Sendo assim, o Governo Federal, aliado à esfera estadual e municipal do poder, deve criar mais canais de denúncia e postos policiais dedicados a oferecer segurança aos cidadãos que residem nas ruas do país. Ademais, compete ao ministério do trabalho incentivar a contratação de pessoas em situação de rua por empresas, por meio de parcerias Público-Privadas, visando ampliar a participação desse grupo social no mercado de trabalho. A partir dessas ações, espera-se poder alcançar o patriotismo proposto por Nabuco.