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Enviada em: 05/06/2018

Miséria e Regresso       Durante a ascensão da revolução industrial, muitos cidadãos não conseguiam se adaptar às novas formas de trabalho nas fábricas capitalistas e, por conseguinte, passavam a sobreviver nas ruas a mercê da fome e do desalojamento. Hodiernamente, mesmo que tenha se passado mais de um século, é perceptível que a triste realidade dos moradores de rua ainda persiste, comprovando que os avanços sociais não abrangeram todas as classes da nação verde e amarela.        Convém ressaltar, a princípio, que os moradores de rua são privados de direitos básicos que deveriam, por lei, ser cedidos a todo cidadão. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil possui cerca de 101 mil moradores de rua. Indivíduos esses, que se encontram longínquos de bem estar e procedimentos indispensáveis à saúde, dentre outras situações que ferem a dignidade humana. Essas situações se contrapõem ao cenário de bonança que deveria ser estabelecidos com os direitos humanos sancionados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que embora muito importantes, ainda detém parte de suas leis somente na teoria.         Em segunda instância, pode-se afirmar que a maioria da população que vive nas ruas não possui escolaridade. Isso, em consonância com o pensamento do filósofo Immanuel Kant de que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, permite afirmar que a pobreza extrema pode ser consequência de uma educação precária, que molda cidadãos sem expectativas de futuro. Ademais, é importante frisar que os mendigos não se restringem à indivíduos de idade elevada, haja vista que 23 mil crianças vivem nas ruas segundo dados do portal Gazeta do Povo.             Destarte, urge a necessidade de mobilização conjunta executiva e educacional para que essa mazela social seja extinguida da sociedade brasileira. Assim sendo, cabe ao Poder Executivo a criação de instituições de amparo social de moradia e alimentação através de verbas públicas destinadas à população, para que menos indivíduos estejam expostos à falta de direitos básicos. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação juntamente com as escolas, a verificação de assiduidade de todos os alunos, principalmente dos mais vulneráveis socialmente, para que a escolaridade mínima seja garantida a todos os indivíduos e expectativa de progresso profissional futuro seja ampliada. Assim, toda a população brasileira iria homologar com o ideal de ordem e progresso estampados na bandeira nacional, longe da fome e miséria que ainda assolam parte da população.